Trio de Américo de Campos percorre o Caminho da Fé para agradecer a Nossa Senhora Aparecida

A fé dos peregrinos os ajuda a percorrer a trilha, de vales e montanhas. Calil Antônio Dungue, Mailton Morais e Eber Amâncio de Barros enfrentaram um desafio físico, psicológico e espiritual em mais de 330km de trajeto.

 

Anualmente, milhares de fiéis se desafiam no tradicional Caminho da Fé que é um trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, porém, aqui no Brasil e que liga a cidade de Águas da Prata/SP a Aparecida do Norte/SP, num trajeto rustico de mais de 330km. Para pagar suas intenções de fé ou simplesmente agradecer por bençãos alcançadas, o caminho serviu também para reflexões, como no caso de três moradores de Américo de Campos/SP, Calil, Eber e Mailton.

Ao Diário, o soldador Calil Antônio Dungue, 35 anos, contou que a experiência foi ‘transformadora’; explicou que cumpriu o percurso para pagar as intenções que fizera a Nossa Senhora Aparecida, pela saúde de sua sogra que foi acometida pela Covid-19 e por um filho que sofreu acidente grave.

Calil contou ainda que o caminho é desafiador e exige dedicação do peregrino, porém, o resultado foi tão esplendoroso que já está planejando voltar no próximo ano, preferencialmente levando alguns familiares com quem divide a devoção.

Já para o advogado Eber Amâncio de Barros, 44 anos, o caminho cheio de íngremes subidas e aceleradas decidas serviu para agradecer à Nossa Senhora Aparecida pela bençãos alcançadas. Barros explicou que viu na simplicidade e solidariedade dos peregrinos uma força de renovação de vida e até para tirar o estresse do dia a dia: “É um momento diferente, o caminho é difícil sim, mas a experiência é renovadora. A gente se desliga do mundo e se aproxima do espiritual. Geralmente, a gente diz que precisa de tantas coisas para viver, lá é cada um com sua mochila, aquilo que pode carregar; aí descobrimos não precisamos de tanto, só o suficiente”, completou o advogado.

Mailton Morais, 31 anos, já é experiente no Caminho da Fé e encarou o desafio pela segunda vez, também com intenção de agradecer à Nossa Senhora Aparecida pelas intercessões alcançadas. “Agradecer pela nossa vida, nossas conquistas. Pela vida de nossos familiares e amigos; além de agradecer por essa pandemia estar passando, pela nossa cidade, por todas as pessoas em nossa volta”, afirmou.

O Caminho da Fé

A rota existe oficialmente desde 2003. Nos dias que antecedem o feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, o movimento pela rota é maior. Mas, durante todo o ano, peregrinos, aventureiros e ciclistas percorrem o trajeto buscando uma maior conexão com a natureza e com si mesmos. Trajeto que mescla serras com estradas vicinais, trilhas, bosques, asfalto e, como não poderia ser diferente, exige uma boa dose de fé.

Assim como ocorre no Caminho de Santiago, ao longo do Caminho da Fé os viajantes também são guiados por sinais um tanto rústicos. Na versão brasileira, foram escolhidas setas amarelas dispostas a cada dois quilômetros e que às vezes são apenas pintadas em um poste ou tronco. Ao passarem pelas pequenas cidades, os aventureiros podem conhecer diferentes culturas, interagir com as comunidades locais e vivenciarem uma imersão total com o próprio corpo e com o ambiente que o cerca.

Diário de Votuporanga

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