Dia Nacional de Combate ao Câncer de mama: saiba como prevenir

Data serve de alerta para tipo da doença, que é o mais comum entre as mulheres brasileiras.

No dia 27 de novembro é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de mama. Criada pelo Ministério da Saúde, a data tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença, o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil foram diagnosticados durante o biênio 2018-19, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o primeiro mais frequente nas mulheres das regiões Sul (73,07/100 mil), Sudeste (69,50/100 mil), Centro-Oeste (51,96/100 mil) e Nordeste (40,36/100 mil). Na Região Norte, é o segundo tumor mais incidente (19,21/100 mil).

Alguns cânceres estão diretamente ligados a fatores genéticos, como o de mama. Nesse caso, é preciso procurar um especialista para tentar identificar algum padrão. A família com alteração genética precisa fazer exames mais cedo em relação à população geral. É necessário um rastreamento diferenciado.

Prevenção

Profissionais da área médica lembram que medidas preventivas e hábitos saudáveis são aliados para prevenir e tratar tipos diversos de câncer, entre eles o de mama.

Entre as atitudes a serem tomadas são:
– dieta variada e saudável, com muita fruta, verduras, legumes e fibra;
– evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– não fumar;
– praticar atividade física regularmente.

A chefe de oncologia clínica do Instituto do Câncer de São Paulo, Maria Del Pilar Estevez Diz, afirma que no mundo há uma significativa redução de mortalidade deste câncer por conta do diagnóstico precoce e de tratamentos eficientes.

O Inca recomenda a mamografia para mulheres a partir dos 50 anos, assim como exames periódicos de rastreamento para verificar lesões pequenas imperceptíveis ao apalpar. Em caso de sentir nódulos, secreção ou mamilo invertido, procurar um médico.

Relação com a obesidade

Obesidade e sobrepeso estão associados ao aumento de risco de 14 tipos de câncer, entre eles o de mama (pós-menopausa), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a incidência desses 14 tipos da doença corresponde à metade do total de casos diagnosticados anualmente.

Estudo feito por Leandro Rezende, em colaboração com pesquisadores brasileiros e norte-americanos, calculou a fração atribuível populacional (FAP) do câncer relacionado ao índice de massa corporal (IMC) elevado. A FAP é uma métrica para estimar a proporção do câncer possível de prevenir na população caso o fator de risco (nesse caso, o sobrepeso e a obesidade) fosse eliminado, mantendo os demais fatores estáveis.

De acordo com o estudo, 3,8% dos mais de 400 mil casos diagnosticados anualmente são atribuíveis ao IMC elevado. Verificou-se também que esses registros são mais comuns em mulheres (5,2%) do que em homens. Isso ocorre não apenas pelo fato de a média do IMC ser mais elevada nas mulheres, mas, principalmente, porque três tipos de câncer atribuíveis à obesidade e sobrepeso – ovário, útero e câncer de mama – afetam quase exclusivamente a população feminina.

Segundo a coordenadora do Serviço de Reabilitação do Instituto do Câncer de São Paulo, Christina Brito, a atividade física regular auxilia na prevenção de 13 tipos de câncer. “Os exercícios são um dos pilares do tratamento oncológico, além de tratar distúrbios do sono e de humor. Trata-se de benefícios para o corpo e a mente”, explica.

“Desde que recomendada pelos médicos, a atividade física melhora a composição corpórea, com benefícios metabólicos e cardiovasculares. Em geral, as contraindicações são pontuais e temporárias”, acrescenta a fisiatra.

FONTE: Informações | Portal do Governo de SP

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