ter, 25 de março de 2025

Coluna Espírita: O MAIOR MANDAMENTO

W. A. CUIN

“Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus lhe disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo” ( Jesus- Mateus, XII: 34-40).

Jesus Cristo, num extraordinário poder de síntese, resumiu os dez mandamentos apresentado por Moisés, em apenas dois; “ amarás teu Deus com toda a intensidade e ao próximo como a ti mesmo”.
A medida que conseguimos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento, teremos plena consciência da sabedoria e da justiça das Leis Divinas. Viveremos neste mundo ainda complicado e repleto de dores e sofrimentos, sabendo que acima de todas as coisas reina o comando generoso e firme do Pai Celestial.
E, muitas vezes, mesmo não compreendendo Seus valiosos desígnios, diante ainda da nossa imaturidade espiritual, saberemos seguir com fé, na certeza absoluta de que Deus, em momento algum agiria de forma a nos prejudicar ou  a nos causar qualquer dano. Não teremos dúvida em reconhecer que os revezes que sofremos decorrerem do nosso descumprimento das leis universais.
A exemplo do filho que não tem estrutura emocional, psíquica e racional para entender as razões que levam seus pais a tomarem, com ele, determinadas medidas e providências, visando seu bem estar, prosperidade e educação futuras,  mas confia nas corretas ações deles, nós também seguimos, mesmo em inúmeras oportunidades não tendo a noção exata das corretas decisões divinas.
Amar a Deus sobre todas as coisas é carregar no coração e no entendimento incomensurável depósito de fé. Mas uma fé raciocinada, lógica e esclarecida.
Já amar ao próximo como a nós mesmos significa ver no irmão o reflexo da nossa própria imagem, isto é, entendê-lo tão carente e desejo de felicidade e paz, quanto nós.
Cultivando tal entendimento faremos o máximo esforço para que cada ação que desencadeamos tenha como meta prioritária e única o bem estar do nosso próximo, esteja ele como membro da família, como transeunte na rua, como colega de trabalho, como companheiro de ideal ou em qualquer quadrante da sociedade a que pertencemos.
Em nossa consciência guardaremos a sabedoria de que não haverá possibilidades de paz e serenidade na Terra, enquanto existirem criaturas desequilibradas ou fora do contexto das oportunidades indispensáveis ao progresso físico, moral e espiritual.
A caridade e a humildade serão virtudes que exercitaremos com freqüência, enquanto o orgulho e o egoísmo serão defeitos que tudo faremos para neutralizar as suas nocivas e deletérias influências.
Compreenderemos, com firmeza, que a medida que vamos plantando a alegria de viver nos corações que nos cercam essa mesma alegria irá fazendo morada em nosso âmago, e, na mesma proporção que conseguirmos ajudar nosso irmão a superar as suas aflições e desventuras, Deus, que tudo sabe e tudo vê, agirá de forma a socorrer as nossas mazelas, pois que cada um colhe o fruto decorrente da semente que planta. Cada ação gera uma reação da mesma natureza.
Somos livres para decidir, para escolher, para caminhar, mas é imprescindível saber que estaremos no centro dos reflexos de tudo o que fazemos. A mão que distribui flores permanece perfumada, já a mão que atira lixo fica com a sujeira decorrente.
Para a nossa felicidade, então, amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Reflitamos...

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