Vacinação contra Covid-19 em jovens saudáveis pode acontecer somente em 2022, diz OMS
Organização Mundial da Saúde prevê que a vacina esteja disponível já em 2021, mas em quantidades limitadas.
Jovens saudáveis podem ter que esperar até 2022 para receberem uma vacina contra a Covid-19, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (15).
A cientista-chefe da entidade, Soumya Swaminathan, afirmou que profissionais de saúde, idosos e trabalhadores que lidam com o público mais suscetível a contrair o vírus devem ser os primeiros a serem imunizados quando uma vacina estiver disponível.
“A maioria das pessoas concorda que [a vacinação] deve começar com profissionais de saúde e trabalhadores da linha de frente, mas é preciso definir quais deles estão em maior risco”, disse ela em uma sessão de respostas a perguntas do público organizada pela OMS.
“Haverá muitas orientações saindo, mas acho que uma pessoa comum, um jovem saudável, pode ter que esperar até 2022 para receber a vacina”, acrescentou a cientista-chefe da OMS.
Swaminathan espera que uma vacina efetiva contra a covid-19 já esteja disponível no próximo ano, mas em “quantidades limitadas”. Por isso, os países precisarão priorizar a imunização daqueles que estão mais expostos e são mais vulneráveis à doença.
2ª onda na Europa
Ainda nesta quinta-feira a OMS alertou que a evolução da pandemia de covid-19 na Europa é “muito preocupante”, mas a situação não é tão grave como a registrada há alguns meses.
“A evolução da situação epidemiológica na Europa provoca grande preocupação. O número de casos diários aumenta, as internações nos hospitais aumentam. A Covid é atualmente a quinta causa de mortes e a marca de 1.000 mortes por dia foi alcançada” – Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa
“Apesar de registrarmos duas ou três vezes mais casos por dia na comparação com o pico da curva de abril, vemos que o número de mortes representa um quinto das contabilizadas no pior momento da pandemia”, reconheceu Kluge, antes de destacar a importância das medidas que estão sendo adotadas em vários países europeus para frear a transmissão.
G1