Sindicância que investiga se crianças foram dopadas com tranquilizantes em creche de Votuporanga é prorrogada por 30 dias 

Ao todo, nove mães procuraram a Delegacia de Defesa da Mulher para registrar queixa contra a unidade de ensino Cemei (Centro Municipal de Educação Infantil) Valter Peresi e relatar que perceberam sintomas parecidos nos filhos. 

A Prefeitura de Votuporanga que instaurou sindicância para investigar denúncias feitas por famílias de que crianças estariam sendo dopadas com tranquilizantes no Cemei (Centro Municipal de Educação Infantil) Valter Peresi, no bairro Vila Paes, informou que a investigação foi prorrogada por mais 30 dias, segundo informou o Executivo, na tarde desta segunda-feira (3). 

A investigação ocorreu depois que nove mães procuraram a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para registrar queixa contra a unidade de ensino e relatar que perceberam sintomas parecidos nos filhos, que também frequentavam o local. 

Na época, o filho da moradora Keli Nascimento Antoniolo foi submetido a exames que constataram que ele havia ingerido o medicamento clonazepam. 

Depois de Keli fazer a primeira denúncia, Fernanda da Silva Oliveira, que também tinha um filho matriculado na creche, procurou a polícia ao notar os mesmos sintomas na criança. 

De acordo com Fernanda, ela deixou o filho por cerca de 30 dias na creche e a criança teria passado mal por duas vezes. Em uma das vezes, a mãe foi buscar o filho depois de deixá-lo uma hora e meia na creche e o encontrou dormindo, praticamente desmaiado. 

Fernanda também conta que foi para o Hospital Santa Casa de Votuporanga, onde a criança passou por exames, mas o resultado não apontou nenhum consumo de remédios. 

O que diz a prefeitura 

A Prefeitura de Votuporanga disse que nenhum medicamento é administrado nas escolas municipais para as crianças, com exceção daquelas que possuem receita médica e os pais mandam medicação e as instruções, como o horário e a dosagem do remédio. 

Em relação à denúncia, a prefeitura disse que a Secretaria de Educação foi procurada pelos pais de uma criança no final do ano passado e não por várias, como traz o boletim de ocorrência. 

A secretaria relatou o caso à Procuradoria Geral do Município, mas, na época, não havia resultado de exames médicos ou qualquer outro material com embasamento legal que determinasse providências administrativas. 

Mesmo assim, a Secretaria da Educação orientou educadores, técnicos e profissionais das escolas municipais. A secretaria ainda não foi notificada quanto à abertura de inquérito. 

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