Cadela de Jales adota filhote de gato e até amamenta

Tica, que há 9 anos é companheira da faxineira Sandra Cristina Carmo Vieira, moradora de Jales, adotou Mil como sua filhote há dois meses e chamou a atenção com o gesto de dar de mamar.

Uma cachorrinha viralizou nas redes sociais após aparecer amamentando uma gatinha. Tica, que há 9 anos é companheira da faxineira Sandra Cristina Carmo Vieira, moradora de Jales, adotou Mil como sua filhote há dois meses e chamou a atenção com o gesto de dar de mamar.

A chegada da gata à família coincidiu com o período em que, após o cio, Tica desenvolveu, segundo Sandra, uma leve gravidez psicológica. “Achamos que a Tica estava ficando muito sentimental e quando a gente ia olhar a gata, ela chorava na janela do quarto pedindo pra procurar a Mil”, disse a dona dos bichinhos.

Desde então, a faxineira conta que a cadela começou a cuidar e a amamentar a companheirinha. “A gatinha mama quase todo tempo, é só ver a cachorra que fica pedindo ‘mamá’ pra mãe dela”, explicou Sandra.

Ela revelou que, no início, achou estranho ver a cachorra dando leite para uma gata, mas com o tempo se acostumaram e o hábito virou rotina. “A vizinhança também achou muito estranho no começo, mas depois passou a olhar com outros olhos também”, disse.

Ao publicar para os amigos, Sandra ganhou curtidas e comentários de diferentes usuários. Para ela, o mais impressionante da história é poder ver o amor mesmo em espécies diferentes. “Isso mostra aos seres humanos que acima de tudo o amor é nossa maior riqueza”, concluiu.

Para a veterinária de Rio Preto Natália Faria Rosa, ao adotar a gata como sua filhote, a cachorra produz o leite por meio do estímulo do felino em busca de ser amamentado.

Ela explicou que as cadelas têm seu ciclo estral – série de mudanças fisiológicas recorrentes que são induzidas por hormônios reprodutivos na maioria das fêmeas mamíferas – a cada seis meses e ele dura em torno de 21 dias.

De acordo com Natália, algumas cadelas não castradas, no entanto, podem desenvolver após este período a pseudociese, popularmente conhecida como gravidez psicológica. “A cadela com pseudociese tende a adotar outros animais, até mesmo de outras espécies ou bichinhos de pelúcia, fazendo ninhos e com hábitos que teriam como se estivessem prenhas e prestes a parir seus filhotes”, disse.

A veterinária explicou que, teoricamente, o fato de a gata ser amamentada pela cachorra não gera nenhum problema para a felina, mas lembrou que se a gata não deixar de mamar, a cachorra continuará com a gravidez psicológica.

A profissional também acrescentou que a produção de leite indesejada pode causar mastite e até outros problemas para a cachorra. “O ideal neste caso é a castração se a tutora não colocar a cadelinha para procriar”, disse.

Diário da Região

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