Em um sábado do mês, a equipe percorre as alas do Hospital, distribuindo o que eles têm de melhor: a solidariedade. 

Empatia. Já dizia uma frase: “Não é sentir pelo outro, mas sentir com o outro. Quando a gente lê o roteiro de outra vida. É ser ator em outro palco. É compreender.  É não dizer ‘eu sei como você se sente’. É quando a gente não diminui a dor do outro. É descer até o fundo do poço e fazer companhia pra quem precisa. Não é ser herói, é ser amigo. É saber abraçar a alma”. 

O Grupo Cúmplices encaixa perfeitamente nesta definição. São jovens, homens, mulheres que se dedicam. Ao próximo, à uma missão, à vida. Mensalmente, eles percorrem o Hospital doando flores e amores. 

No último sábado, a turma esteve nas alas A,B,F e Maternidade. Sempre deixando um rastro de paz, de amizade. Com flores, os integrantes visitam cada leito, dispostos a ouvir, conversar e até mesmo criar laços. 

Foi assim que nasceu o relacionamento com Elisângela Rodrigues Pereira, de General Salgado. A paciente veio às pressas para o Hospital e não sabia que estava grávida. Tampouco havia trazido roupas e enxoval. “Quando escutamos toda a história, nossos corações se encheram de compaixão. Adotamos naquele momento um pouquinho da vida da Elisângela e seu futuro bebê, que não sabíamos o sexo. Fomos comprar algumas coisas e colocamos nos grupos de WhatsApp, onde logo recebemos mensagens de apoio e ajuda. Emocionante! Uma força-tarefa foi feita, inclusive uma mãe de Valentim Gentil se sensibilizou e fez questão de trazer alguns itens”, contou Marisa Reinoldes, do grupo Cúmplices. 

Depois desta corrente do bem, voltaram para o quarto. “Conhecemos a Alice Vitória, toda linda. Quando fomos no domingo, a princesa já usava as roupinhas novas. A mãe agradeceu muito e nós nos despedimos com o coração feliz por podermos, ao menos, fazer parte um pouquinho da vida delas”, complementou. 

Marisa destacou os sentimentos a cada ação no Hospital. “Essas visitas na Santa Casa enchem nossos corações com o desejo de nos doarmos cada vez mais. Sentimos a presença de Deus em cada sorriso, em cada aperto de mão, em cada olhar, em cada súplica, em cada agradecimento e em cada lágrima. Isso é vida, que a gente possa florir onde a vida nos plantar…”, afirmou. 

E assim, acontece em um sábado do mês, além das programações especiais de Páscoa e Natal. “Em abril, iremos duas vezes na Instituição, no segundo sábado com rosas e em uma data ainda a confirmar com chocolates”, contou Renata Amorim. 

Somente de ações mensais, são praticamente um ano. “O que sinto esse tempo que passamos é de muita gratidão. A Deus pela oportunidade, a cada palavra recebida, a cada muito obrigada, a cada cheiradinha nas rosas e por tantos momentos”, disse. 

O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, agradeceu a iniciativa. “O Grupo Cúmplices faz um trabalho belíssimo e que contribui ainda mais com a humanização dos atendimentos. São visitas que auxiliam na recuperação dos nossos pacientes, que trazem amor, esperança. Nosso muito obrigado”, finalizou.