Polícia investiga se alvos de operação contra pornografia infantil abusavam de vítimas
Nomeada de Black Dolphin, ação foi coordenada pela Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) e deflagrada em diversas cidades do Brasil. Mais de 50 pessoas foram presas, incluindo o homem apontado como chefe da quadrilha.
A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) informou que vai continuar investigando os principais alvos da Operação Black Dolphin, deflagrada nesta quarta-feira (25), contra a pornografia e exploração infantil, para tentar descobrir se os suspeitos também abusavam das vítimas.
Em mais de 12 horas, foram cumpridos 222 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão em 85 cidades de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
De acordo com balanço da Polícia Civil de Rio Preto, responsável por coordenar a ação, 53 pessoas foram presas em todo o Brasil. Entre elas, um técnico de informática, de 43 anos, apontado pela investigação como chefe de uma quadrilha especializada em compartilhar pornografia infantil na deep web.
O suspeito foi preso no bairro Higienópolis, em Rio Preto, com mais de 200 mil arquivos. No entanto, prestou depoimento na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), pagou fiança arbitrada em R$ 5 mil e foi liberado para responder em liberdade pelo crime.
Na região de Rio Preto, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Bálsamo, Monte Aprazível, Icém e Nova Granada (SP).
Outras duas pessoas foram presas em Rio Preto e Bálsamo. Todos os mandados foram expedidos pela Vara da Infância e Juventude. A pena para os crimes de armazenar, disponibilizar, produzir e vender material de pornografia infantil variam entre quatro e oito anos.
Já em Araçatuba (SP), dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, um no bairro Vila Aeronáutica e um no bairro São João. Policiais apreenderam computadores e pen drivers, mas ninguém foi preso.
“Consideramos que a operação, até agora, foi bem sucedida. Contudo, a investigação não vai parar. Ela prossegue no sentido de aprofundar e averiguar se os alvos também cometiam abuso físico”, afirmou Alexandre Del Nero Arid, Coordenador de Inteligência da Polícia Civil de Rio Preto.