Durante investigação da PF, foram identificadas negociações que indicam o pagamento de valores entre R$ 70 mil e R$ 120 mil por mês ao suposto grupo para liberar o material contrabandeado do Paraguai.
Na manhã desta quarta-feira (10), A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão em São José do Rio Preto/SP. O principal suspeito é um ex-policial rodoviário estadual que foi expulso da corporação. Ele não foi preso, mas foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.
De acordo com informações, o mandado foi expedido pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã/MS e faz parte da terceira fase da “Operação Nepsis”, que investiga um esquema envolvendo um grupo de policiais que permitiam o escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai por rodovias paulistas.
De acordo com a Polícia Federal, o cumprimento dos mandados tem como objetivo de conseguir elementos de prova referentes ao pagamento de vantagens indevidas a um núcleo de policiais militares do Estado de São Paulo.
O grupo foi descoberto a partir da apreensão de celulares da organização criminosa desmantelada na primeira fase da Operação Nepsis, deflagrada em 2018.
Durante a investigação, foram identificadas negociações que indicam o pagamento de valores entre R$ 70 mil e R$ 120 mil por mês ao suposto grupo para liberar o material contrabandeado.
O grupo é investigado por crimes de corrupção (ativa e passiva), tráfico de influência e formação de organização criminosa. Ainda segundo a PF, a organização criminosa investigada formou um consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai.
A rede se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar da ação criminosa.
FONTE: Informações | G1