Polícia Civil deflagra operação em Universidades da região 

Agentes do GOE (Grupo de Operações Especiais) fizeram apreensão de documentos na diretoria do campus 7, da Universidade Brasil, em Fernandópolis/SP. Duas pessoas foram presas temporariamente. Ministério Público investiga “venda de vagas” em cursos de medicina.

Desde o início da manhã desta sexta-feira (12), policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais) fazem uma operação no Campus 7, da Universidade Brasil em Fernandópolis/SP, assim como em Murutinga do Sul/SP e Presidente Prudente/SP.

Segundo informações, fazem levantamento e apreensão de documentos na diretoria da Universidade. As aulas no campus seguem normalmente, mas com algumas restrições nos estacionamentos. A Polícia Civil está utilizou um hotel às margens da rodovia Euclides da Cunha (SP-320), como base de operações.

A Operação “Asclépio” foi conduzida em parceria com o Ministério Público e a Polícia Civil em Presidente Prudente. O objetivo da operação é combater uma organização criminosa que “vendia vagas” em universidades. No total, 17 pessoas foram presas. A investigação também apontou que um grupo de pessoas ligadas à Universidade Brasil, que possui faculdade de Medicina em Fernandópolis também estaria no esquema.

Duas pessoas foram presas temporariamente em Fernandópolis, mas segundo a polícia elas não trabalhavam na universidade e, sim, faziam parte da quadrilha. A polícia diz que, essas pessoas eram consideradas integrantes desta organização criminosa.

A Universidade Brasil, que ainda não se pronunciou.

Esquema

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram após apuração de denúncia de um eventual esquema de fraude no vestibular para medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), em abril de 2017.

A polícia informou que a direção da unidade descobriu que “terceiras pessoas” haviam se passado por cinco candidatos e feito as provas.

A Vunesp, organizadora do vestibular, ainda de acordo com a Polícia Civil, constatou “inconsistências” nas identificações datiloscópicas, assinaturas nas folhas de respostas e nas imagens captadas dos candidatos aprovados – em comparação com alunos matriculados no curso.

De acordo com a investigação, o articulador do esquema cobrava entre R$ 80 mil e R$ 120 mil por vaga, negociados de forma parcelada ou até mediante permuta de bens e imóveis. A polícia diz que, por conta do alto número de alunos, só os familiares do articulador do esquema não teriam condições de atender toda a “oferta de vagas” em universidades particulares e a procura de interessados.

FOTO: Reprodução | Região Noroeste

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