Ômicron: Brasil registra primeiros casos da subvariante BA.2
A subvariante BA.2 da ômicron teve seus primeiros casos confirmados no Brasil nesta 6ª feira (4.fev.2022) pelo Ministério da Saúde. Um caso da linhagem foi encontrado no Rio de janeiro e dois em São Paulo.
Já a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou dois casos da cepa, totalizando 4 casos no país. A Ásia e a Europa já registram um aumento de casos de covid provocados pela BA.2.
Cientistas suspeitam que a subvariante seja ainda mais transmissível do que as anteriores. Um estudo realizado por cientistas da Dinamarca apontou que esta subvariante da ômicron é 33% mais infecciosa que a cepa predominante no mundo (BA.1).
Não está claro onde a BA.2 surgiu, porém, a mutação foi detectada inicialmente na Austrália, África do Sul e Canadá.
Até agora, a OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que a BA.1 é responsável pela maior parte de contaminações com a variante ômicron, mas a BA.2 tem ganhado terreno e se espalhando rapidamente pelo mundo.
No Reino Unido, foram detetadas nas primeiras semanas de janeiro centenas de casos. EUA, Dinamarca, França, Nepal e Índia já detectaram a cepa em casos de covid-19 registrados recentemente.
MAIS PERIGOSA?
A pergunta mais importante quando se fala de uma nova variante ou sublinhagem é sobre o perigo para a saúde pública, porém ainda não se sabe sobre a virulência desta linhagem.
Um estudo realizado por cientistas da Dinamarca apontou que a subvariante (BA.2) é mais contagiosa que a ômicron “original” (BA.1). O levantamento concluiu que as pessoas infectadas com a subvariante BA.2 tinham 33% mais chance de infectar outras pessoas, em comparação com as infectadas com BA.1.
Porém, mais estudos ainda são necessários para entender melhor as propriedades de BA.2, incluindo avaliações comparativas entre a BA.2 e a BA.1 para descobrir características-chave como escape imune e virulência no organismo. Até o momento, nenhum novo sintoma foi identificado.
Autoridades de saúde dinamarquesas informaram que, em análises iniciais, não foi observado um aumento no número de hospitalizações pela BA.2 em comparação com a BA.1.