Obesidade na infância: veja o que os novos estudos comprovam
Publicado na ABESO, a obesidade infantil dificulta tarefas simples do dia a dia na fase adulta.
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que vem crescendo exacerbadamente na população. Dados do Ministério da Saúde apontaram que crianças acima do peso possuem 75% de chance em passar uma adolescência com obesidade e 89% desse problema se estender para a fase adulta. Em torno de 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos possuem sobrepeso e obesidade.
Um recente estudo publicado no International Journal of Epidemiology, e compartilhado no site da ABESO – Associação Brasileira para Estudo Da Obesidade e Síndrome Metabólica, foi realizado para avaliar o ganho de peso nos primeiros anos de infância e como a obesidade persiste pela vida adulta.
Os pesquisadores avaliaram dados de 8.674 participantes do National Child Development Study, um modelo de coorte britânico que acompanhou toda a população do estudo desde o nascimento, em 1958, até a quinta década de vida. Segundo eles, a obesidade na vida adulta, não importa em que idade ela apareça, está fortemente associada a um risco maior de dificuldade física funcional aos 50 anos. É fato que de um lado observamos um cenário de obesidade infantil aumentando e do outro lado essas mesmas crianças mantendo esse peso na fase adulta.
De acordo com uma afirmação de uma das pesquisadoras, esse é um cenário que merece a atenção redobrada, uma vez que a expectativa de vida das pessoas aumenta a cada década, no entanto, elas já estão apresentando limitações e complicações por conta do peso corporal antes de chegarem a terceira idade.
Como combater a obesidade das crianças e adolescentes?
Medidas interventivas devem ser adotadas para combater esse número crescente de crianças e adolescentes com obesidade e sobrepeso, e prevenir complicações na fase adulta. Dentre elas, podemos citar:
- Estimular a prática esportiva: As crianças gastam mais energia em suas tarefas, por conta do metabolismo acelerado. Incentive um esporte durante a infância e até mesmo brincadeiras antigas que aumentem o gasto calórico.
- Diminuir atividades que causam sedentarismo: atividades como videogame, jogos em celular e computadores tendem a levar a uma redução no gasto de energia e aumento do consumo calórico. O ideal é sempre equilibrar esse tipo de atitude e programar dias na semana, e não deixar que a criança construa vícios.
- Oferecer alimentos saudáveis durante as refeições em família: o maior exemplo para as crianças e adolescentes são os pais e familiares, por isso, a realização de refeições saudáveis deve ser um hábito da família a fim de estimular o consumo de alimentos nutritivos.
- Incentivar a criança a preparar e cozinhar o alimento junto aos pais: qual criança não adora uma brincadeira e colocar a mão na massa? Deixar ela preparar o alimento ao lado dos pais pode ser uma forma importante de incentivar o consumo alimentar saudável.
- Planejar a lancheira escolar com alimentos saudáveis: a composição da lancheira escolar faz toda a diferença nos hábitos alimentares das crianças. Oferecer frutas, sanduíches integrais, sucos naturais e outros alimentos nutritivos deve ser prioridade no planejamento do lanche.
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