Paulo Sérgio Evangelista, tio materno de Estela Evangelista de Oliveira, menina de 6 anos encontrada morta no alto do Morro dos Prazeres, Zona Norte do Rio de Janeiro, confessou o crime e disse que enforcou a criança por causa de uma briga entre ela e o irmão menor dela.
Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital na noite desta quinta (10), Paulo explicou que colocou o corpo de Estela na cama. A mãe da menina – irmã de Paulo -, ao chegar em casa, não percebeu que a filha já estava morta.
“Aqui na DH, ele admitiu a prática do crime e contou detalhes. A única coisa que ele negou foi a prática do abuso sexual”, afirmou o delegado Bruno Ciniello, responsável pela investigação do caso.
Resumo do caso
- Na noite de sexta-feira (4), Estela teria brigado com o irmão mais novo, o que irritou o tio, Paulo. A mãe das crianças, irmã de Paulo, não estava em casa;
- Paulo, então, passou a esganar a sobrinha. A menina morre sufocada.
- O tio põe Estela, já morta, na cama. A mãe chega e nada percebe.
- Ainda na madrugada de sábado (5), Paulo sai, a fim de se livrar do corpo. De manhã, diz ter ido à praia com a sobrinha e não volta para casa.
- No domingo (6), a família de Estela faz campanha para localizá-los.
- Na quarta-feira (9), um corpo é encontrado no alto do Prazeres. O cadáver foi encontrado, segundo vizinhos, enrolado em um lençol e em um tapete e coberto por sacos plásticos pretos.
- A família reconhece das roupas e um cordão: é Estela.
- No mesmo dia, a polícia anuncia estar atrás do tio.
- Na quinta-feira (10), laudo preliminar aponta sinais de estrangulamento na menina. O laudo definitivo, que pode mostrar se houve abuso sexual, sai em até 30 dias.
- À noite, o tio é preso no Aterro do Flamengo. A polícia diz que ele confessou o crime.
- Nesta sexta (11), a Justiça decretou a prisão de Paulo.
O subsecretário do programa Segurança Presente, responsável pela prisão do tio de Estela no Aterro do Flamengo, explicou como ocorreu a prisão.
“Ele foi ameaçado por outros moradores de rua, que ameaçaram lincha-lo, e foi para o Aterro. A partir da informação de um morador de rua, chegamos a ele. Eles identificaram, ouviram e fizeram a prisão. O conduziram à 9ª DP (Catete) e depois ele foi trazido aqui para a delegacia de homicídios”, afirmou o coronel João Carlos Mariano.
FONTE: Informações | G1/RJ
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