Multas pela Lei Seca aumentam 48% na cidade de SP em 2019

Em média, houve um flagrante registrado a cada 17 minutos ao longo do ano passado, segundo a Polícia Militar; 505 pessoas foram presas por embriaguez ao volante no período.

A quantidade de motoristas multados pela Polícia Militar por desrespeito à Lei Seca aumentou 48% em 2019 na cidade de São Paulo na comparação com o ano anterior, apontam dados do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) obtidos com exclusividade pela GloboNews.

Em 2019, 30.692 condutores foram autuados nas blitze, chamadas Operação Direção Segura, instaladas pela PM nas ruas e avenidas da capital, contra 20.77 em 2018.

A maior parte deles foi multada por se recusar a soprar o bafômetro (28.106), enquanto o restante (2.586) teve a embriaguez constatada pelo etilômetro (outro nome que é dado ao aparelho que faz o teste de dosagem alcoólica no organismo do motorista).

Os flagrantes por desrespeito à Lei Seca representam a soma das autuações por infração ao art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e ao art. 165-A do CTB.

A infração ao art. 165 ocorre quando o condutor testa positivo, ao soprar ao bafômetros, com índices entre 0,05 miligrama de álcool por litro de ar expelido e 0,33 miligrama por litro de ar expelido. Já a infração ao art. 165-A ocorre quando o condutor se nega a soprar o bafômetro.

Ser enquadrado em um desses dois artigos representa uma infração administrativa. O condutor é multado em quase R$ 3.000 (R$ 2.934,70) e tem a CNH suspensa por 12 meses.

Parte dos motoristas multados com base no artigo 165 ou no artigo 165-A pode ainda ferir o artigo 306, que, diferentemente de uma infração administrativa, é um crime de trânsito, conhecido como “embriaguez ao volante”.

Para que o motorista, além da multa pelos artigos 165 ou 165-A, ele deve ser flagrado em uma das duas situações a seguir:

  • No caso do art. 165, o teste do bafômetro apontar valores igual ou maior do que 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido e
  • No caso do art. 165-A, além de recusar o teste do bafômetro, o motorista apresentar pelos menos dois sinais que possam ser interpretados pelo policial como provas de embriaguez ao volante, com base em Resolução do Contran, tais como: vermelhidão nos olhos, sonolência, odor de álcool no hálito, entre outros sinais descritos pela resolução.

Quando há o crime de embriaguez ao volante, o motorista é conduzido à delegacia.

Recusa puxou alta

O crescimento das autuações nas blitze da Lei Seca foi puxado pela alta do número de motoristas que se recusaram a realizar o teste do bafômetro. Entre 2018 e 2019, houve uma alta de 17.797 para 28.106 motoristas autuados por esse motivo, o que equivale a uma alta de 58%.

De acordo com o major Marcos Cunha, subcomandante do 2º Batalhão de Polícia de Trânsito, esse aumento reflete uma mudança de comportamento do motorista que bebe e é parado pelos policiais. “É cada vez maior a quantidade de condutores que se recusam a realizar o teste do etilômetro.”

FONTE: Informações | g1.globo.com

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