Lava Jato: PF prende ex-executivo da Odebrecht em nova fase operação que investiga propina a ex-ministros 

Segundo a PF, investigação mira propina paga a dois ex-ministros identificados como ‘Italiano’ e ‘Pós-Italiano’, apelidos que delatores usavam para identificar Antônio Palocci e Guido Mantega.

Na manhã desta quarta-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a 63ª fase da Operação Lava Jato. Segundo a PF, são cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. 

De acordo com o Ministério Público Federal, os alvos de prisão são o ex-executivo do Grupo Odebrecht Maurício Ferro e o advogado Nilton Serson. Bernardo Gradin, ex-presidente da Brasken, é alvo de buscas.  

Até as 7h, apenas Ferro tinha sido preso. 

Segundo a PF, esta fase investiga a suspeita de pagamentos periódicos por parte da Odebrecht a dois ex-ministros identificados na planilha do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira como “Italiano” e “Pós-Itália”. 

Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que “Italiano” se referia ao ex-ministro Antônio Palocci e a “Pós-Itália” era Guido Mantega. 

O pagamento da propina tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação de medidas provisórias que instituiriam o programa chamado de Refis da Crise. 

De acordo com a PF, as investigações apontam que a propina teria sido entregue a um casal de publicitários para dissimular a origem do dinheiro. 

Os mandados apuram crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. 

Segundo a Polícia Federal, foi determinado o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados. 

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