dom, 04 de maio de 2025

Investigação aponta que motorista de aplicativo vítima de latrocínio não foi enterrado vivo em canavial

Glauber Humberto Florentino foi encontrado morto em um canavial de Bento de Abreu (SP); suspeitos foram presos temporariamente.

A Polícia Civil de Araçatuba (SP) identificou que o motorista de aplicativo Glauber Humberto Florentino, vítima de latrocínio, não foi enterrado vivo. A morte teria sido causada por lesões provocadas por agressões.

Glauber desapareceu no dia 1º de março e foi encontrado morto na noite de 12, em um canavial de Bento de Abreu. Os dois suspeitos são irmãos e foram presos temporariamente.

O caso passou a ser investigado após o desaparecimento da vítima. A polícia fez diligências e descobriu que o Glauber acreditava que teria um encontro amoroso, por isso buscou o principal suspeito de cometer o assassinato, que já planejava roubar o carro dele.

No encontro, o suspeito abordou Glauber com um fio elétrico, laçou o pescoço da vítima e ameaçou matá-la enforcada. Então, o criminoso assumiu o volante do carro e dirigiu cerca de dois quilômetros com o motorista de aplicativo inconsciente. Após a prisão, o criminoso disse à polícia que agrediu a vítima e teria dado um frasco de dipirona a Glauber, mas antes de morrer o motorista os jogou embaixo do carpete do porta-malas. “Ele imobilizou os braços e pernas do Glauber com fita adesiva e o colocou no porta-malas. Depois foi até a casa do irmão, pegaram uma pá e uma enxada para enterrar o corpo. Quando pegaram o álcool, que segundo eles seria para tirar as digitais, a vítima ficou com medo de ser incendiada, pediu para que não a matassem e correu”, explica. A vítima caiu durante a fuga e foi agredida com socos, chutes e golpes de pá na cabeça e abdômen. Estas lesões teriam provocado a morte.

Motivação e prisões

A investigação da polícia também constatou que o crime foi motivado pela venda do carro da vítima por R$ 9 mil. “O primeiro preso planejou e o segundo ajudou na execução. É latrocínio, vão ficar presos temporariamente e vamos relatar a preventiva dos dois. A pena mínima do latrocínio é vinte anos, a máxima 30 e ocultação de cadáver de um a três”, afirma o delegado.

G1

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