EUA prendem policial por negligência durante massacre em escola na Flórida 

Scot Peterson, único oficial armado no complexo durante o ataque, responderá por 11 acusações por não intervir durante o tiroteio. Ao todo, 17 pessoas morreram. 

Ontem (4), foi preso o ex-agente da polícia encarregado da segurança da escola da cidade de Parkland, na Flórida, onde houve um tiroteio em que 17 pessoas morreram, 14 delas estudantes, em fevereiro de 2018. Scot Peterson, o ex-policial, é acusado de negligência infantil, negligência culposa e perjúrio. 

Ele era único oficial armado no complexo durante o massacre e responderá por 11 acusações pela sua negativa em intervir durante o tiroteio na escola do sul da Flórida, informou o Departamento da Flórida de Execução da Lei, por meio de um comunicado. 

Não há desculpa para a completa inércia demonstrada por Peterson, que, “sem dúvida custou vidas”, disse Rick Swearingen, comissário do órgão. 

O xerife da região, Gregory Tony, disse no mesmo comunicado que os fatos mostram que “nunca é tarde para a responsabilidade e a justiça” e que a atuação do ex-policial durante o massacre “claramente justifica a rescisão do contrato de trabalho e acusações criminais”. 

Ex-policial não agiu e pediu para que outros não se aproximassem 

Peterson era o agente encarregado da segurança da escola onde houve o tiroteio. A investigação aponta que ele se negou a verificar a fonte dos disparos, não interveio e, além disso, ordenou a outras autoridades que chegaram ao local que permanecessem a uma certa distância do prédio. 

Foram entrevistadas 184 testemunhas e as gravações de vídeo das câmeras de segurança daquele dia foram examinadas. 

O assassino entrou em sua antiga escola armado com um rifle de assalto, com o qual matou 17 pessoas. 

Em dezembro de 2018, durante uma audiência do julgamento do assassino após o processo movido pela família de Meadow Pollack, um dos mortos, seu advogado de defesa, Michael Piper, indicou que, “do ponto de vista legal, não havia nenhum dever” para que o agente tentasse deter o ataque. 

Sargento não assumiu comando e se protegeu atrás de carro 

Outro oficial, o sargento Brian Miller, o primeiro agente a chegar no local do crime, também enfrentou consequências por sua atuação durante o ataque: ele foi demitido por negligenciar seus deveres profissionais. 

Miller chegou a tempo de ouvir três ou quatro tiros, mas em vez de assumir o comando das operações, ele se protegeu atrás de seu carro e não coordenou seus companheiros, evitando a comunicação por rádio nos dez minutos seguintes a sua chegada. 

“Não podemos cumprir nosso compromisso de sempre proteger a segurança da comunidade sem fazer uma avaliação completa do que deu errado naquele dia”, disse o xerife Tony. 

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