Disfunção erétil psicológica e como a pandemia pode afetar a ereção

Médicos urologistas explicam as causas e tratamentos da impotência sexual causada por fatores externos e carga emocional.

O pesadelo dos homens na cama, justamente por ser um medo, tornou-se também um tabu e prejudicou uma conversa normal sobre ela: a disfunção erétil. A impotência sexual é apontada como falta de virilidade nos homens, e na hora de “representar o papel”, ninguém quer ser broxa. Entretanto, segundo censo da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado em 2018, mais de 30% da população masculina brasileira sofre com disfunção erétil.

E esse dado também reflete no consultório do Dr. Danilo Galante, sexólogo e urologista. “Pelo menos 30% dos pacientes no meu consultório têm queixa de disfunção erétil, o que muda é o motivo. Quanto mais jovem, mais chance de problemas psicológicos ou fatores externos envolvidos, quanto mais velho, mais chance de doença crônica ou fator orgânico”, explicou em conversa com a GQ Brasil.

A disfunção erétil é a incapacidade do homem obter ou manter uma ereção peniana suficiente para praticar atividade sexual. E suas causas estão ligadas a duas origens diferentes.

“Podemos dividir em causas orgânicas como Hipertensão, Diabetes, Doenças Crônicas graves como Insuficiência Cardíaca, Insuficiência Renal, Insuficiência Hepática. Tabagismo e Dislipidemia são também muito importantes. Outro grupo seria relacionado a Disfunção Erétil psicogênica e está relacionado a liberação de adrenalina devido a ansiedade e estresse”, esclarece Dr. Rodrigo W. Andrade, médico urologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo.

Diagnóstico 

Para diferenciar a disfunção erétil psicológica da causada por fatores orgânicos, está o papel do urologista. “Na consulta, conseguimos estabelecer esse diagnóstico, mas a conversa franca e aberta é fundamental. Perguntar sobre a saúde geral, doenças, medicações, estilo de vida, hábitos sexuais, masturbação, ereções matinais”, continua Rodrigo.

Danilo conta que, para entender a disfunção erétil psicológica, é importante se atentar aos fatores externos. “Ansiedade, depressão, estresse, sono, dieta, quantidade de exercício físico, a relação que o parceiro tem com o/a outro/a, o emprego da pessoa, a situação em que ela está e a própria pandemia, para ser bem atual”, lista.

Tratamento

Os urologistas explicam que o tratamento da disfunção erétil psicológica é feito de maneira multidisciplinar com acompanhamento de psicólogo, aliado com medicamentos de apoio inicial. “O principal tratamento é a conversa, explicando que o problema é comum, que pequenos traumas podem levar a disfunção erétil. Muitas vezes é preciso realizar terapia sexual, feita por psicólogo com especialidade em sexologia”, explica Danilo.

FONTE: Informações | gq.globo.com

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