Despedida: Volkswagen encerra produção mundial do Fusca 

Veículo icônico no Brasil e no mundo saiu de linha na última fábrica responsável pela produção, localizada no México; relembre a história. Linha agora será ocupada por SUV. 

Nesta quarta-feira (10), a Volkswagen encerrou oficialmente a produção mundial do Fusca (agora chamado apenas de Beetle), em sua fábrica em Puebla, no México. A marca divulgou no Twitter por volta das 14h20 (horário de Brasília) a imagem da última unidade, com uma decoração com a frase “Obrigada, Fusca”.

É o fim da estrada para um nome que simbolizou muitas coisas ao longo de uma história que abrange oito décadas desde 1935. A medida já tinha sido anunciada no ano passado, quando a Volks lançou a Beetle Final Edition. 

As últimas 65 unidades serão vendidas no México apenas pela internet, por US$ 21 mil para o modelo básico. Cada veículo tem ao lado esquerdo uma placa comemorativa seriada do 1 ao 65. As cores de pintura disponíveis são: azul metálico, preto, branco e bege. 

Dá lugar a SUV 

De acordo com a marca, não há planos para um substituto do Fusca nos próximos anos pelo foco da marca em modelos familiares nos EUA. Quem vai ocupar o lugar do Beetle na fábrica é o SUV Tarek, que também será produzido na Argentina. 

De popular a luxuoso, a história do Fusca/Beetle: 

  • Lançado em 1935 na Alemanha como “Volkswagen”, o Fusca teve seu desenho original feito pelo então designer Ferdinand Porsche; 
  • Revolucionário, seu desenho guardava peculiaridades como a ausência de uma janela traseira; 
  • Em 1936, o Fusca passaria por sua primeira alteração visual, adotando as duas pequenas janelas traseiras; 
  • As primeiras unidades oficiais começaram a ser produzidas em série em 1938; 
  • Em 1939, o modelo serviria de base para diversos veículos militares com o início da Segunda Guerra Mundial; 
  • Em 1959, o Fusca começou a ser produzido no Brasil; 
  • Em 1984, o modelo passou a utilizar o motor 1600 com 46 cv de potência; 
  • Dois anos depois, em 1986, o Fusca teve sua produção encerrada no país, mas continuaria em linha no México; 
  • Em 1993, o então Presidente da República, Itamar Franco, pediu a volta do modelo em terras brasileiras; ele passou a ser conhecido como “Fusca Itamar”; 
  • O retorno durou pouco e, em 1996, o Volks saiu definitivamente de linha. No México, porém, ele permaneceu em produção até 2003; 
  • Batizada de New Beetle, a reedição do modelo foi apresentada ao mundo em 1997; e dava adeus ao legado popular do modelo: passou a ser um modelo bem mais caro; 
  • Diferentemente da antiga geração, o New Beetle compartilhava o conjunto mecânico com o Golf, sendo equipado com motor 2.0 a gasolina e câmbio automático de 4 marchas; 
  • Em 2006, o New Beetle recebeu sua primeira reestilização. E ficou em linha até 2011; 
  • No mesmo ano, um novo modelo foi apresentado de forma global com uma novidade: cada país teria o modelo batizado com um nome diferente, remetendo ao nome de maior sucesso do antigo Fusca naquele território. No Brasil, Fusca; nos EUA, Beetle; 
  • O novo Fusca chegou ao mercado brasileiro em 2012, com motor 2.0 turbo e opção de câmbio manual ou automatizado de dupla embreagem. Foi apresentado por Neymar, na época garoto-propaganda da montadora; 
  • Em 2017, ele deu adeus ao Brasil de forma silenciosa; 
  • Em 2018, a Volkswagen anunciou o fim definitivo do Fusca para 2019; as últimas unidades foram chamadas Final Edition 
  • Em 10 de julho de 2019, o último Fusca/Beetle sai da linha de montagem de Puebla, no México. 

Fusca no Brasil 

Há 60 anos, em 3 de janeiro de 1959, saíam da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo/SP as primeiras unidades do Fusca nacional. Naquela época, ele era conhecido pelo nome de Sedan. Durante as décadas seguintes, a Volkswagen produziria ainda outros 3,3 milhões exemplares de um dos carros mais emblemáticos do país, carinhosamente chamado também de Besouro. 

O Fusca foi o primeiro grande sucesso da indústria automotiva brasileira e manteve o posto de mais vendido por décadas, a partir do ano de lançamento. Curiosamente, a produção começou antes mesmo de a fábrica ser inaugurada oficialmente, fato que aconteceria somente em novembro daquele ano, quando o presidente Juscelino Kubitschek desfilou em um Fusca conversível pelos corredores do local. 

Na época, 54% dos componentes do Fusca eram produzidos no Brasil – índice que cresceu com o passar dos anos. O tempo também ajudou o pequeno carro a ganhar melhorias. 

FONTE: Reprodução | G1 

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