Como a dieta à base de vegetais pode prevenir doenças cardiovasculares?
Risco cardiovascular diminuído com o aumento do consumo de alimentos vegetais.
No último fim de semana, participei do Congresso Brasileiro da Sociedade de Cardiologia falando sobre a sustentabilidade ambiental e como a dieta plant based pode favorecer a prevenção de doenças cardiovasculares.
A produção de carne bovina ou para o cultivo de alimentos para esses animais corresponde em torno de 60% das áreas dos Estados Unidos. No Brasil, aproximadamente 70% da terra desmatada da floresta Amazônia é utilizada em forma de pasto e plantações cultivadas para produção de ração.
As dietas à base de plantas devem ser personalizadas para atender às preferências individuais e culturais e reduzir problemas à saúde humana e ambiental, desde que sejam planejados adequadamente e incluam alimentos de alta qualidade.
Os alimentos de origem vegetal são ricos em fibras, nitratos e micronutrientes cardioprotetores, como magnésio, potássio e antioxidantes (por exemplo, vitamina C e licopeno). Essas propriedades são relacionadas à proteção cardiovascular mediada pela alimentação plant based. Dentre os benefícios dos micronutrientes e compostos ativos presentes largamente nos vegetais, podemos destacar a redução da inflamação, aumento do status antioxidante, vasodilatação e redução dos altos níveis de colesterol e glicose sanguínea.
Uma pesquisa bibliográfica sistemática e computadorizada (2019) avaliou 1240 artigos que analisaram os efeitos das dietas baseadas em plantas para melhora significativa no bem-estar emocional, físico, qualidade de vida, saúde geral, bem como na redução dos níveis de hemoglobina glicada, peso corporal, colesterol total, comparado às associações oficiais para pacientes com diabetes.
Um estudo pioneiro publicado pelo Adventist Health Study examinou a prevalência da diabetes em diferentes padrões alimentares, por meio de um trabalho de coorte global. Foram avaliados 61.000 indivíduos participantes, que tiveram prevalência de diabetes tipo 2 diminuída gradualmente com uma redução significativa de produtos animais na dieta: de 7,6% em não vegetarianos, 6,1% em semivegetarianos, 4,8% em pescovegetariano e 3,2% em ovolactovegetarianos, para 2,9% em veganos.
O Dia Mundial do Coração é comemorado no dia 29 de setembro. Vamos repensar nossas escolhas e fazer a diferença desde já, no planeta e na saúde!
FONTE: Informações | TV TEM / Roberta Lara é nutricionista e colaboradora do canal de nutrição “5 minutos de nutrição”.
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