Contas recusadas de Regina Duarte na Lei Rouanet totalizam R$ 319 mil
A atriz, que pode assumir a Secretaria Especial da Cultura, respondeu que fará ’o que a Justiça mandar’.
A atriz Regina Duarte, que aceitou um período de testes na Secretaria Especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, teve contas recusadas na Lei Rouanet por um projeto de 2004, o que gerou dívidas de R$ 319,6 mil com o governo.
A artista tem uma empresa chamada A Vida É Sonho Produções Artísticas e captou três financiamentos com base na lei de incentivo a projetos culturais. O valor estimado é R$ 1,4 milhão.
Em março de 2018, a área técnica do extinto Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de um desses projetos, relativos à peça “Coração Bazar”.
Regina, segundo o Diário Oficial da União, captou R$ 321 mil, mas teve contas reprovadas. Foi cobrado dela restituição de R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura. A produção da peça apresentou recurso.
As contas foram reprovadas por portaria em 2 de março de 2018. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Especial da Cultura diz que não se pronunciará sobre a irregularidade.
À revista Veja, Regina Duarte respondeu que fará “o que a Justiça mandar”, sobre a reprovação. A Folha tentou contato com a atriz, mas não obteve resposta.
A Veja também conversou com o filho da artista, André Duarte, que é sócio-administrador da empresa. Ele disse que a reprovação aconteceu pela falta de comprovantes de que a peça foi exibida sem cobrar ingressos, o que era uma exigência do contrato.
REGINA SUBSTITUI ROBERTO ALVIM NA SECRETARIA DA CULTURA
Com mais de 54 anos de carreira na TV e no teatro, a atriz estuda aceitar o convite de Bolsonaro para substituir Roberto Alvim na Secretaria Especial da Cultura. O dramaturgo foi exonerado do cargo após publicar um vídeo em que fazia referências explícitas a Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.
Após dizer que não se sentia preparada para a função, Regina aceitou fazer um período de testes. Sua nomeação oficial pode ocorrer na semana que vem, quando o presidente Jair Bolsonaro retorna de uma viagem à Índia.
A Globo, com quem Regina tem contrato, avisou que ela terá de pedir suspensão da TV por assumir um cargo público, seguindo as regras da empresa.
DL News
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