Tremor de magnitude 5,8 é registrado na costa do Nordeste 

Epicentro do sismo foi a cerca de 700 km de Fernando de Noronha; eventos como esse acontecem mais de 1 vez por ano; não há chance de tsunami. 

Um tremor de 5,8 graus de magnitude na Escala Richter foi registrado no Oceano Atlântico à 0h40 desta segunda-feira (5), segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN). 

O epicentro do terremoto foi a 163 quilômetros dos arquipélagos de São Pedro São Paulo; a 738 km de Fernando de Noronha, em Pernambuco; a 1.100 km de São Miguel do Gostoso e a 1.111 km, no Rio Grande do Norte; e a 1.295 km de Fortaleza/CE. 

Dado à proximidade com a costa do Nordeste brasileiro, o assunto se tornou o mais comentado dos Trending Topics do Twitter. Entre outras coisas, os internautas se assustaram com boato de que o terremoto pudesse ocasionar um tsunami nessas regiões. 

Porém, de acordo com o LabSis, as chamadas falhas transcorrentes — movimentos direcionais provocados por eixos de maior tensão e maior tração na horizonta—, quando acontecem no meio do oceano, mesmo em grandes magnitudes, não provocam tsunamis. 

Ao Estado, o professor do Centro de Sismologia da USP (Universidade de São PauloMarcelo Bianchi, ressaltou que sismos como este acontecem mais de uma vez por ano, no mesmo local e com a mesma magnitude. 

Segundo o professor da USP, o tremor aconteceu a dorsal meso-oceânica, onde ocorre um processo contínuo de criação de litosfera oceânica (as placas tectônicas) – esses locais possuem falhas que acomodam a movimentação. 

“Como o lugar habitado mais próximo em geral está muito distante — mais de 500 quilômetros —, eles acabam não sendo sentidos, apenas são registrados por equipamentos”, explicou Bianchi. “Da forma como ocorreu, este sismo não é uma ameaça a ser considerada para gerar um tsunami no Atlântico.” 

De acordo com o especialista, apesar da magnitude ser superior ao que geralmente acontece em território brasileiro, ainda é muito baixa para ocasionar um tsunami. “No Chile, por exemplo, sismos com essa magnitude acontecem quase que semanalmente.” 

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