Secretaria da Saúde reforça informações para o controle de escorpião
De acordo com o Ministério da Saúde, até o presente momento, não foi definida cientificamente a eficácia dos produtos químicos no combate.
Os trabalhos de controle aos acidentes por escorpiões continuam sendo realizados Prefeitura de Votuporanga, conforme diretrizes do Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde.
Periodicamente, o Setor de Controle de Endemias e Zoonoses (Secez) da Secretaria da Saúde realiza ações de prevenção por meio dos agentes comunitários de saúde e de endemias, orientando sobre o manejo ambiental, dentre eles, não acumular matéria orgânica (folhas, frutos e fezes de animais) e entulhos (telhas, tijolos, madeiras e restos de construção) nos quintais e terrenos; rebocar os muros; tapar os ralos principalmente durante a noite; e verificar roupas, sapatos, móveis e utensílios de cama, mesa e banho antes de utilizá-los.
Além disso, também são realizadas orientações nas escolas e diversas instituições; preparo dos serviços de saúde para atendimento em casos de acidentes com escorpiões; e o encaminhamento dos pacientes para o hospital de referência visando efetividade do tratamento.
A Secretária da Saúde do Município, Márcia Cristina do Prado Reina, faz um alerta à população quanto aos cuidados a serem tomados pois “o escorpião é uma realidade hoje, e nós temos de trabalhar como um problema de saúde pública”.
Normas do Ministério da Saúde sobre o Uso de Inseticidas
Quanto ao uso do controle químico, o Ministério da Saúde não indica pois informa que “o hábito dos escorpiões de se abrigarem em frestas de paredes, embaixo de caixa, papelões, pilhas de tijolos, telhas, madeiras, fendas e rachaduras do solo, juntamente com a sua capacidade de permanecer meses sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz”.
Ainda segundo as normas do Manual de Controle de Escorpiões do Mistério da Saúde, “o que torna os escorpiões resistentes ao veneno é o fato de possuírem o hábito de permanecer longos períodos em abrigos naturais ou artificiais que impedem que o inseticida entre em contato com o escorpião. Além disso, possui capacidade de permanecer com seus estigmas pulmonares fechados por um longo período. A aplicação de produtos químicos de higienização domésticas compostos por formaldeídos, cresóis e paracloro-benzenos e de produtos utilizados como inseticidas, raticidas, mata-baratas ou repelentes do grupo dos piretróides e organofosforados não são indicados por causarem o desalojamento dos escorpiões para locais não expostos a ação desses produtos, aumentando o risco de acidentes. Além disso, cria-se a falsa sensação de proteção por parte dos moradores que acreditam que o problema foi resolvido, passando a negligenciar o trato com o ambiente”.
Até o presente momento, de acordo com o Ministério da Saúde, cientificamente não foi definida a eficácia dos produtos químicos no controle de escorpiões como intervenção de saúde pública indicado pelos órgãos oficiais.
Números
A Secretaria Municipal da Saúde registrou em 2016, 455 acidentes com escorpiões; em 2017, 588; 2018 foram 578 casos e 2019, até o momento, foram 104 casos de acidentes com escorpiões. Nesse período, o Município não registrou casos de óbito por acidentes com escorpiões.
Notificação
Caso um munícipe encontre algum escorpião na residência ou local de trabalho, é necessário fazer contato telefônico também com o Secez por meio do 0800 770 9786. A notificação é importante, mesmo que não ocorra acidentes, já que, quando notificado, o órgão tem condições de atender a cada um desses casos, por meio de orientações e visitas, se necessário.
Acidentes
Na hipótese de picada, a pessoa deverá lavar o local com água e sabão, se possível, sem torniquete, dirigindo-se imediatamente à UPA – 24h (Unidade de Pronto Atendimento) ou ao Hospital “Fortunata Germano Pozzobon”, na Zona Norte.
Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação da espécie do escorpião causador do acidente pode auxiliar no diagnóstico.
Fiscalização e limpeza no combate aos escorpiões
A fim de conter o avanço dos escorpiões, da proliferação de pernilongos e demais doenças que colocam em risco a saúde pública, a Prefeitura de Votuporanga, por meio da Divisão de Fiscalização de Posturas da Secretaria Municipal da Fazenda, realiza, entre os dias 1º de março e 15 de abril, a fiscalização de limpeza de terrenos na cidade. Este trabalho de fiscalização é promovido três vezes ao ano, entre março e abril; agosto e setembro; e novembro e dezembro.
É dever do proprietário manter seus lotes limpos durante todo o ano. O não cumprimento dessa determinação prevista pelas leis 1.595, de 10/02/1977, e 377 de dezembro de 2017, do Código de Posturas do Município, acarreta em multa que varia de acordo com o tamanho do terreno.
Portanto, os donos de lotes sujos com até 300 m² são multados em 40 UFM (R$ 151,07) e a multa máxima chega a 90 UFM (R$ 339,92) referente aos terrenos com mais de 5 mil m². Atualmente, a Unidade Fiscal do Município (UFM) deste ano equivale a R$ 3,7769.
Ouvidoria
Fora do período de fiscalização, a Ouvidoria Municipal também recebe denúncias e reclamações durante o ano e encaminha para os fiscais averiguarem. O telefone é o 0800-770-3590. O atendimento também é feito pessoalmente, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, no Paço Municipal – Rua Pará nº 3227; ou no Portal da Prefeitura de Votuporanga (www.votuporanga.sp.gov.br).
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