Santa Casa de Votuporanga: 69 anos atendendo você e sua família

Em nosso aniversário, comemorado nesta terça-feira (16/4), queremos enaltecer nosso maior bem: os pacientes

 

A Santa Casa de Votuporanga completa 69 anos nesta terça-feira (16/4). Com uma trajetória linda, o desafio ao longo destas décadas, foi de salvar a sua vida e de sua família. Milhares de pacientes passaram pelo Hospital, único que atende o Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade, deixando um pouco de si em colaboradores, médicos e prestadores de serviço.

São pacientes que se tornaram amigos, quase que da família. São aqueles que criaram laços, relacionamentos. Que sentem gratidão, amor. Que “adotaram” a Instituição para se chamar de sua.

Em 69 anos, a Santa Casa foi palco de inúmeras histórias. De superação, vitórias, nascimento, despedidas. Algumas destas ganharam destaque nacional, por suas peculiaridades. Gildasia Maria da Silva, de 27 anos, foi a protagonista de um emocionante parto normal e símbolo do empoderamento feminino.

A paciente chegou sozinha no Hospital, trazida pela ambulância de Cosmorama. Mãe de mais três meninas – Yasmin, de 10 anos; Brenda, de oito e Júlia Lorena, de seis. “Minha bolsa estourou às 1h40. Me arrumei e fui até o postinho às 6h30. Deixei meu marido Altair cuidando das garotas e decidi vir sozinha”, disse.

As crianças Ana Lívia, Valentina e Antonela vieram ao mundo, de parto normal, ganhando os holofotes da mídia. Como nasceram prematuras, de 32 semanas, precisaram de toda assistência da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, por 26 dias. “Quando fiquei grávida, imaginei que após o nascimento, iríamos direto para casa. Mas elas precisaram da UTI Neonatal e a Dra Lara (Galvani Greghi – médica responsável) me explicou tudo o que iria ocorrer. Eu tinha medo, mas ela me acalmou muito. Todo dia eu estava aqui, a equipe sempre me apoiando. Sabia que era melhor para elas”, disse.

Neste tempo, o carinho e amor tomaram conta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Os laços foram formados e as pequenas se tornaram “as Kardashians”, apelido dado pela “tia Lara”.

Um ano e meio depois, as meninas retornaram ao Hospital. Com laços no cabelo e vestidas iguais, elas chamaram a atenção daqueles que foram seus cuidadores. Abraços, beijos, de quem acompanhou um caso de sucesso. “Tenho um carinho enorme pelas bebês. Foi um desafio participar do parto e da assistência intensiva. Cada uma tinha necessidades próprias e hoje estão aqui, desfilando o charme e saúde”, afirmou a médica.

No reencontro, Gildasia falou de sua gratidão pela Instituição. “Eu amei ter minhas filhas aqui. Vocês são referência para as grávidas. Vivo para minhas filhas e faço tudo por elas”, disse.

Na recepção do Hospital, o garoto Guilherme Namba Flores avisou para o que veio. “Quando nasci, eu era muito pequeno e cabia numa caixa de sapato. Hoje vim visitar tia Lara, que cuidou de mim”, disse.

A cada passo dado no corredor, o menino ficou maravilhado com o tamanho da Instituição. A admiração só ficou maior quando viu a médica e correu para seus braços. No abraço, o reconhecimento do amor.

As mãos que se firmam rumo à UTI Neonatal só refletem o vínculo, mesmo após sete anos de alta. Nosso “Gui” ficou 112 dias internado no Hospital, recebendo toda atenção da equipe da Dra. Lara e ele queria saber como foi este período.

No dia 27 de setembro de 2011, o pequeno Guilherme veio ao mundo de 24 semanas e apenas 765 gramas. Todo este tempo, a mãe Nágilla Namba Flores acompanhou a evolução e crescimento de seu filho.  “Eu brinco que até sinto falta do cheiro do lugar. Conheço as enfermeiras, fisioterapeutas e a Dra Lara foi muito importante para nós. Mesmo após a alta, mantemos contato no Facebook, no WhatsApp”, disse.

Ao chegar na UTI, ele se depara com duas fotos suas no “mural da fama” e em uma delas vestido de médico. “Este médico sou eu?”, perguntou. Ao entrar na Neonatal e conhecer a “casinha onde ficou” (incubadora), mais um abraço. “Eu era muito pequeno, mamãe falou quemeu pé era do tamanho da unha dela”, contou.

A responsável pela equipe lembra que o menino era bem agitado e só se acalmava quando estava com a mãe fazendo o método Canguru. “Até hoje ele ama ficar naquela posição, em cima de mim”, confidenciou a mãe.

Ao se despedir de Nágilla, Dra. Lara abriu um sorriso. “Você me deu um grande presente. Vê-lo tão animado, inteligente, cheio de planos. Muito obrigada”, afirmou.

Odair Mauro Randi, de 64 anos, é paciente da Santa Casa no serviço de cardiologia e cirurgia cardíaca. Ao olhar pelos corredores e alas do Hospital, uma memória cheia de gratidão e lembranças. “No meu segundo infarto, precisei fazer uma operação de colocar duas pontes de safena e mamárias. Eu fiquei um pouco receoso, porque existe um risco mas acreditei na equipe do Hospital”, disse.

O medo foi vencido pela confiança. “Não tenho palavras para agradecer. Todos foram muito gentis, profissionais. Além disso, fé e pensamentos positivos ajudam muito”, afirmou.

Durante sua internação, a gratidão já tomava conta de seu Odair. “Na época, no quarto em que eu fiquei internado, tinha ventilador e senti no meu coração que deveria ajudar o Hospital, doando ares-condicionados. Fiquei na ala A, do SUS, e destinei dinheiro para a compra de 10 equipamentos. O que falta no mundo é amor”, complementou.

Após anos de procedimento, ele segue fazendo acompanhamento com a equipe da cardiologia clínica com o médico Dr. José Antônio Chinelato. “Ele é meu amigo, uma pessoa do bem e que fez muitas coisas em prol da Instituição, só podemos agradecer. A única certeza que a pessoa tem é de que um dia precisará de cuidados no Hospital e Odair demonstrou ter consciência do quanto que aqui salvamos vidas”, contou Chinelato.

O médico cirurgião Dr. Paulo Henrique Huseni Botelho integrou a equipe que atendeu Odair. “A primeira cirurgia cardíaca na Santa Casa foi em 2008. Estive desde o começo deste serviço que nos enche de orgulho e se tornou referência no Hospital. Seu Odair é um paciente muito especial e representa milhares de nossos assistidos deste período. Desejo um abraço para a Santa Casa, esta Instituição calorosa, que tem destaque na área da saúde pelo atendimento diferenciado, principalmente aos pacientes do SUS. Desejo prosperidade e sucesso para os futuros caminhos que este Hospital tomará. Um abraço da equipe da Cirurgia Cardíaca”, disse.

O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, ressaltou o aniversário da Instituição. “São 69 anos que nos enchem de orgulho e amor. Nascemos da comunidade que, liderada por pessoas engajadas como médico e fundador da entidade, Dr. Miguel Gerosa, possibilitou inicialmente o atendimento de seis cidades, para 35 mil pessoas. Nossa história é repleta de voluntariado, amor e dedicação. Passaram ex-provedores, pessoas da comunidade, que deixaram seu legado em prol da saúde desde a época do prefeito João Gonçalves Leite, Ultimatum Fava, Leônidas Pereira de Almeida, Walter Eleutério Rodrigues, Adolfo de Melo, Marão Abdo Alfagali, Maurício Alves de Menezes, Walter José Trindade, Roberto Dias, Ideval Geraldo de Freitas, Nasser Marão Filho e Luiz Alberto Mansilha Bressan, que também colaboraram para que nos tornasse com o que somos hoje. Nosso muito obrigado”, disse.

O que somos hoje

Ao longo dos anos, o Hospital foi construído com auxílio da população de Votuporanga e região e atualmente é referência para 53 municípios. O que eram 35 mil pessoas no passado, hoje são aproximadamente 500 mil habitantes em nossa área de abrangência.

A Santa Casa se tornou um grande Complexo, composto por parcerias que possibilitam a gestão compartilhada de uma rede integrada. A Instituição é gestora de três Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) de Votuporanga – primeira unidade do Estado, Jales e Santa Fé do Sul, além de administrar Farmácia de Alto Custo, Unidade de Pronto Atendimento (UPA); Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); Mini-Hospital “Fortunata Germano Pozzobon”; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); Serviço de Atendimento Especializado (SAE); CAPS – Álcool e Drogas e Policlínica.

Este Complexo conta com uma equipe de 1.985 colaboradores e faz mais de dois milhões de atendimentos por ano, entre consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos, desde a atenção básica até o serviço médico-hospitalar. São mais de 300 médicos, que salvam vidas diariamente e são verdadeiros heróis.

Desde 2014, é considerada pelo Governo do Estado de São Paulo, como um Hospital Estruturante, ampliando a quantidade de cidades atendidas e se tornando referência para todo o Estado, fruto da humanização de todos os colaboradores.

Em Votuporanga, é a única Instituição que atende ao SUS – Sistema Único de Saúde e apenas em 2018, realizou 871.108 atendimentos, entre Pronto Socorro, exames, internações, consultas ambulatoriais, cirurgias e partos.

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