Polícia vai fazer reconstituição do assassinato de jovem morta pelo ex-padrasto

Justiça manteve a prisão do autor do crime, que é ex-padrasto da vítima

A delegada Dalice Aparecida Ceron quer realizar a reconstituição do assassinato da adolescente Ana Cristina da Silva, 15 anos, morta pelo ex-padrasto Adriano José da Silva, 36. A jovem foi sequestrada, violentada e seu corpo foi encontrado enterrado em um canavial em Neves Paulista. A Justiça manteve a prisão temporária do autor após audiência de custódia.

Antes de ser investigado como suspeito, Adriano chegou a acompanhar a mãe da vítima, na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), para registro de boletim de ocorrência de desaparecimento da adolescente. Dias depois, sumiu após ser revelado por um amigo da jovem que o ex-padrasto teria abusado dela.

“A realização da reconstituição vai ser fundamental para esclarecermos dúvidas com relação à forma que ocorreu o crime em comparação com as palavras que ele disse em depoimento aqui na Delegacia da Mulher”, explica a delegada.

Para realização da reconstituição, a delegada precisa agendar com o Instituto de Criminalística de Rio Preto. Depois, o órgão vai informar qual a data marcada. Neste trabalho, os peritos vão fazer o registro por meio de fotografias e medições, para depois incluir os dados em um laudo pericial. Também estão em andamento mais dois laudos solicitados, que vão apontar as causas da morte da adolescente e determinar data e circunstância de sua morte.

Em depoimento, Adriano disse ter se escondido debaixo da cama da vítima e esperado todos da casa dormirem para sequestrar a adolescente. A jovem foi levada para uma chácara, em Mirassol, onde ele a violentou, depois a matou.

“Também pedimos a comparação de material biológico do autor e da vítima, para que seja feito um laudo sobre o tipo de violência praticada contra a adolescente”, diz a delegada.

Após o crime, Adriano teria tentado fugir de moto para se esconder em casa de parentes no interior do estado de Alagoas, conforme mensagens obtidas por investigadoras da DDM.

Adriano foi preso, em uma operação conjunta com o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, quando parou a moto em posto de combustíveis à margem da rodovia Assis Chateaubriand, próximo de Olímpia, logo após ser identificado pela investigadora Aline Rodrigues.

Para o Diário, o autor disse ter se arrependido do crime e culpou o consumo de bebida alcoólica para cometer o feminicídio. Em depoimento, disse que a motivação seria uma vingança contra a mãe da menina, pelo fim do relacionamento. Mas Dalice desconfia que Adriano matou a jovem como represália por ela ter revelado os abusos sexuais.

O suspeito foi submetido a audiência de custódia no plantão judicial e sua prisão temporária foi mantida por 30 dias, tempo pedido pela delegada para conclusão do inquérito.

Adriano permanece na carceragem da Deic em cela separada dos demais presos, procedimento padrão para suspeitos de crimes sexuais. Ele também responde pelo crime de ocultação de cadáver.

Fonte: https://diarioweb.com.br/cidades/policia/policia-vai-fazer-reconstituic-o-do-assassinato-de-jovem-morta-pelo-ex-padrasto-1.1259649

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