PM baleado em Santos é o terceiro policial morto no litoral em 12 dias

Alvo de tiros junto com um sargento da Polícia Militar (PM) nesta quarta-feira (7/2), na região do Morro de Tetéu, em Santos, o cabo José Silveira dos Santos (foto em destaque) é o terceiro policial morto na Baixada Santista em 12 dias.

A região vive clima de tensão desde o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2/2. Ele morreu com um tiro no rosto durante incursão em uma favela de Santos na nova fase da Operação Escudo, deflagrada no fim de janeiro, após a morte de outro PM na Baixada.

O cabo Silveira era do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep). Ele foi atingido no braço e levado para a Santa Casa de Santos. Foi operado, mas não resistiu. Um sargento também foi atingido na cabeça e segue internado.

Nas redes sociais, a PM lamentou a morte de Silveira, dizendo que ele foi “covardemente alvejado por criminosos”. Segundo a corporação, o policial deixa esposa e dois filhos.

Até a tarde desta quarta, os criminosos ainda haviam sido identificados. “Estamos em guerra”, afirmou um policial que acompanha a ocorrência.

Tensão na Baixada Santista
A PM e criminosos estão em clima de tensão na Baixada Santista desde o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2/2.

O soldado Samuel foi morto durante uma nova fase da Operação Escudo, deflagrada após a morte de um outro PM, Marcelo Augusto da Silva, em 26 de janeiro, na Rodovia dos Imigrantes.

Até o momento, sete suspeitos morreram em supostos tiroteios com a polícia, durante as buscas pelo autores do homicídio do PM da Rota.

Primeira fase da operação
Em julho do ano passado, a PM deflagrou a primeira fase da Operação Escudo, após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, durante patrulhamento na comunidade Vila Julia, no Guarujá. Essa foi a primeira morte de um PM da Rota desde 1999. A operação durou 40 dias e resultou em 28 mortes de suspeitos.

Menos de uma semana após a morte de Patrick Reis, os três suspeitos estavam presos. Erickson David da Silva, o “Deivinho”, foi apontado como o atirador; o irmão dele, Kauã Jazon da Silva, como informante sobre a movimentação das viaturas na comunidade; e Marco Antônio, o “Mazzaropi”, como o responsável pela venda de drogas na “biqueira”.

Conforme detalhado pelo Metrópoles, a ordem para que eles se entregassem teria partido do PCC, incomodado com os prejuízos que o policiamento ostensivo estaria causando para o tráfico de drogas na região.

Antes de se entregar, Deivinho gravou um vídeo em que pedia para o governador Tarcísio de Freitas e para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pararem com a “matança”. Em áudio obtido pelo Metrópoles, um homem dá instruções a ele sobre como o vídeo deveria ser gravado.

“Antes de se entregar, faz um vídeo mostrando só o rosto, cita o [Guilherme] Derrite, secretário de Segurança Pública do estado, cita também o governador do estado, Tarcísio Freitas, para acabar com o massacre no Guarujá, que o que está acontecendo é covardia”, diz o homem na gravação. Metrópoles

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