A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal sul-mato-grossense, está sob cuidados no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS). O animal, um macho de cerca de 94 kg, apresentou sinais de desnutrição e alterações nos rins e no fígado, mas permanece alerta e reativo à presença humana, sendo monitorado por vídeo.
O ataque aconteceu no dia 21 de abril, na região do Touro Morto, em Aquidauana. Jorge, que trabalhava há 20 anos em um pesqueiro, desapareceu e, no dia seguinte, seu corpo foi encontrado a cerca de 300 metros do local, com sinais de ter sido parcialmente devorado. Durante as buscas, a onça retornou ao local onde estavam os restos da vítima e tentou escondê-los novamente, momento em que atacou um dos homens da equipe de resgate.
Após ser surpreendida e afastada com tiros, a onça foi capturada e levada ao CRAS, onde permanece isolada e em tratamento. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está avaliando o caso e deve definir o futuro do animal nos próximos dias. O episódio reacende o debate sobre convivência entre humanos e grandes felinos no Pantanal.
