Ocupação de leitos de UTI no HCM de Rio Preto volta a atingir 100%

Casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) levaram ao alto índice de internação

A ocupação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto voltou a subir neste início de janeiro. Depois de cair para 90% no último dia 20 de dezembro, o índice começou o ano no limite. Nesta segunda, 10, por exemplo, os 30 leitos de UTI do local estavam ocupados, realidade que é possível ser vista, segundo o hospital, com frequência nos últimos dias. Já a enfermaria registrava 61% de ocupação.

Em entrevista ao Diário, o médico Antônio Soares Souza, diretor do HCM, disse que a previsão é de criar mais 10 vagas até o mês de fevereiro. De acordo com ele, enquanto a liberação não ocorre, a equipe trabalha com um plano de contingência para atender além da capacidade. A lotação da unidade vem ocorrendo desde o início de dezembro.

Apesar da alta incidência de Covid, que voltou a aumentar nos últimos dias, o médico diz que a lotação no hospital acontece principalmente por contaminações de crianças por síndromes respiratórias agudas, em especial o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que leva à bronquiolite – inflamação dos bronquíolos, as menores estruturas dos pulmões, responsáveis por oxigenar o sangue.

“Atualmente temos quatro casos de Covid, três em crianças e um obstétrico, além de quatro crianças internadas aguardando teste”, disse o diretor, que lembrou que o local recebe tanto crianças de Rio Preto como da região e a maioria delas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O pequeno Arthur Henrique da Paixão Correa, de apenas sete meses, é um dos rio-pretenses com síndrome respiratória. Há cinco dias na UTI Neonatal da Santa Casa, o bebê conseguiu, segundo a família e a entidade, autorização com a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) para ser encaminhado para a UTI pediátrica do HCM, o que até o momento não foi ser concretizado.

É que um dos requisitos do hospital infantil para aceitar o pequeno é um exame PCR que identifique se ele tem ou não Covid. A previsão é de que o exame fique pronto nesta terça-feira, 11. Enquanto isso não acontece, os pais da criança, Ana Cecília da Paixão Barbosa e Carlos Roberto Corrêa, aguardam apreensivos. “Ele precisa da UTI urgente e o hospital não aceita os exames rápidos. Está demorando demais. O caso é grave e aqui não é o lugar dele”, disse a mãe de Arthur, que apesar da situação, agradeceu o apoio dado pela Santa Casa.

O HCM informou que não há nenhum tipo de protocolo de solicitar exames específicos para aceitar ou recusar um pedido de encaminhamento de paciente para internação na instituição e que todo pedido de encaminhamento é analisado conforme a gravidade do atendimento e disponibilidade de leitos.

Arthur Pazin – diarioweb.com.br

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