Menino de 2 anos chama atenção ao aprender a ler e escrever: ‘Conversa, repetição e paciência’, diz mãe

Noah Henrique Baioco mora com os pais em Potirendaba, interior de São Paulo. Ele nunca frequentou a escola ou teve professor, segundo a família.

O pequeno Noah Henrique Baioco tem apenas 2 anos e 9 meses de idade, mas coleciona habilidades que impressionam e chamam atenção, principalmente porque nunca teve professor. O menino sabe o alfabeto em português e em inglês, consegue ler e escrever, e também conta de 1 a 20 nos dois idiomas.

Moradora de Potirendaba (SP), a publicitária Edjane Maria da Silva Baioco, de 28 anos, conta que o filho começou a receber estímulos e a se interessar por programas educativos quando tinha 3 meses.

“O Noah passou a reagir muito bem. Ele começou a contar de 1 a 5 quando tinha 9 meses, e aprendeu o alfabeto com 1 ano e 5 meses. O Noah também começou a escrever as letras com a mesma idade. Logo depois, passou a ler, porque juntava todas as palavras. Ele lê e escreve atualmente”, explica a publicitária, que mora com marido, Leonardo Emídio Baioco.

Edjane trabalha em casa e convive bastante tempo com o filho, fator que fez com que Noah desenvolvesse as habilidades com mais rapidez e facilidade.

“Pego na mão e repito 10 vezes se for necessário. O Noah aprendeu brincando e divertindo. Ele tem brinquedos normais, mas não gosta muito, porque prefere alfabetos, livros e jogos de encaixe”, afirma Edjane.

A publicitária relata que não ficou muito surpresa com a evolução e aprendizagem do filho, porque também começou a ler e a escrever cedo.

“Meu marido é muito inteligente na área de exatas. Ele também ensina o Noah. Continuo ficando boba com as descobertas do nosso filho, mas não posso mentir e dizer que fiquei surpresa”, conta.

Noah nunca frequentou a escola ou teve professor, mas desenvolveu as habilidades porque foi estimulado e incentivado desde cedo por Edjane e Leonardo.

“Recebo críticas de alguns pais, dizendo que o Noah deveria estar brincando, e não aprendendo tudo isso. Porém, meu filho se interessa e gosta. Infelizmente, muitos pais deixam as crianças na frente das telas, achando que haverá algum aprendizado. Mas não é bem assim. É necessário conversa, repetição e paciência”, explica a publicitária.

Noah com o livro na mão em Potirendaba — Foto: Arquivo pessoal/Edjane Baioco

Além de ler e escrever, o menino sabe as cores em inglês e português, reconhece as cédulas de dinheiro, consegue soletrar e contar de trás para frente, e também identifica diversas formas geométricas.

“O Noah aprendeu inglês sozinho, vendo vídeos na internet, porque sou péssima. Meu marido tem bem mais conhecimento e consegue ensinar inglês. Nós ficamos felizes com a evolução do nosso filho. Estamos pensando em colocá-lo na escola”, diz Edjana.

Estímulo em casa

 

A psicopedagoga Claudine Dacal Rodrigues explica que as crianças costumam demonstrar interesse em aprender o alfabeto por volta dos 4 anos de idade. Porém, algumas desenvolvem as habilidades mais cedo ou mais tarde.

“Ou a criança nasceu com uma superdotação ou foi muito estimulada dentro de casa. Ela, provavelmente, conseguiu assimilar com muita facilidade tudo aquilo que recebeu de estímulo”, disse Claudine.

 

Para a psicopedagoga, é fundamental que os pais estimulem e incentivem os filhos desde cedo, porque a resposta costuma ser mais positiva.

“Nós vivemos em uma sociedade de consumo, então os pais estão se ausentando da vida dos filhos. Eles acabam terceirizando a educação. Quando os pais ficam em casa, há uma interferência com a criança. Porém, existem as crianças que você estimula, mas não há um retorno”, explicou Claudine.

 

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