Mãe denuncia homofobia e xenofobia após adolescente ser agredido por alunos dentro de escola estadual
Caso ocorreu na quarta-feira (7) na Escola Estadual Leonor da Silva Carramona em São José do Rio Preto (SP). Secretaria Estadual de Educação diz que repudia qualquer tipo de violência na instituição de ensino.
Uma mãe denunciou homofobia e xenofobia à polícia após um adolescente, de 14 anos, ser agredido por dois alunos dentro da Escola Estadual Leonor da Silva Carramona em São José do Rio Preto (SP). O caso ocorreu na quarta-feira (7).
Em nota a Secretaria Estadual de Educação informou ao g1, que repudia qualquer tipo de violência dentro da instituição de ensino. Esclareceu ainda que, após o ocorrido, os responsáveis pelos alunos foram convocados. Durante três dias os estudantes estão realizando atividades remotas, a partir desta quinta-feira (8).
Um vídeo, enviado à reportagem pela mãe, que não vai ser identificada para preservar o adolescente, mostra que, durante uma discussão, o adolescente é agredido com socos na cabeça por um aluno. Na sequência, outro estudante avança e o ataca.
Ainda conforme a mãe, o filho, que possui diagnóstico para Transtorno Opositor Desafiador (TOD), é alvo de bullying há três anos. Natural do Rio de Janeiro (RJ), segundo a mulher, o menino é xingado de “viado” por saber dançar e atacado por ser carioca. Por ser diagnosticado com TOD, o menino faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
“Bateram nele em dois por nada. Infelizmente eu acho que eles têm a visão de que quem é carioca é ‘favelado’ e ‘viado’. Não é fácil, em pleno Século XXI”, lamenta a mãe.
A mãe ainda revelou que soube do ocorrido após o menino enviar mensagens a ela. Devido aos hematomas, o adolescente foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu atendimento médico e foi liberado.
“Ela passou remédio para dor porque ele estava com muita dor de cabeça. Ele estava com marca de sola de sapato no braço. E não é a primeira vez. Outra vez cortaram o olho, espancaram meu filho na porta da escola, deram um soco na cara dele. Ele mesmo ligou para a polícia porque não aguentava mais”, conta a mãe.
A mãe registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal.