Justiça absolve homem acusado de matar companheira esfaqueada e fugir após deixá-la em posto de saúde
O réu foi submetido a júri popular em São José do Rio Preto (SP) nesta quinta-feira(11). Crime aconteceu em 1º de maio de 2019.
Com base na tese de legitima defesa o Ministério Público (MP) entendeu pela absolvição do acusado. De acordo com o depoimento de Júlio, as agressões eram recíprocas. Testemunhas também relataram que ouviram a discussão entre o réu e a vítima, no dia do crime.
O advogado de defesa do réu, Henrique Tremura, defendeu que Júlio só reagiu as agressões.
“Eles estavam brigando, essas brigas eram constantes. Ela pegou uma faca e veio para cima dele. Durante essa briga corporal, ele conseguiu tirar a faca dela e acabou atingindo a mulher uma única vez, em um único golpe, que acabou resultando a morte dela”, explica Henrique.
O g1 tenta contato com o promotor responsável pelo caso, Horival Marques de Freitas Junior.
O julgamento aconteceu cinco anos após o crime. O casal viveu em união estável por aproximadamente 10 anos. Após golpear a companheira, o réu levou vítima até o posto de saúde. A ação foi registrada por câmera de segurança.
Suspeito fugiu após o crime
O crime aconteceu no dia 1° de maio de 2019, no bairro Jardim Urano, em Rio Preto. Em seguida, Júlio socorreu Valéria para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tangará. A vítima foi transferida para o Hospital de Base, mas não resistiu ao ferimento.
O autônomo fugiu e, dias depois, se apresentou à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Ele prestou depoimento, acompanhado do advogado, e foi liberado para ser investigado em liberdade.
Em 2021 a Justiça determinou que o acusado fosse submetido a júri popular .
À época, o promotor de Justiça Marcos Antônio Lelis denunciou Júlio por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e em razão da condição do sexo feminino.
O advogado Henrique Tremura interpôs recurso alegando que o cliente agiu em legítima defesa e apresentou argumentos para tentar afastar as qualificadoras.
A juíza Maria Letícia Pozzi Buassi decidiu para realização de júri popular.
G1