Júri condena lutador a 7 anos por espancamento

Homem foi condenado por tentativa de matar amigo da ex-mulher.
O lutador de jiu-jítsu Leonardo de Oliveira Gonçalves, 24 anos, foi condenado nesta quinta-feira, 29, em Júri Popular, no Fórum de Rio Preto, a sete anos de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra a vítima Daniel Lincoln Baptistella, 36 anos.
Acusado por bater violentamente em Daniel e em sua ex-esposa, Natalie Rodrigues Costa, 30 anos, em fevereiro de 2015, Leonardo já saiu do júri algemado e levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP), após pedido do promotor de acusação, José Marcio Rossetto Leite.
Os jurados entenderam que não houve tentativa de homicídio contra a mulher. O caso envolvendo este crime será enviado para o juizado especial criminal como lesão corporal, pelo qual Leonardo ainda será julgado.
Com relação à condenação imposta a Daniel, Rossetto Leite se mostrou satisfeito com o resultado. “Ponderemos também que o réu não tem antecedentes criminais. Por outro lado, o crime foi grave, então a pena foi satisfatória. Ele vai pagar por esse crime”, afirmou.
Sobre a situação da agressão contra Natalie, o promotor afirmou que vai estudar se vai ou não recorrer da decisão. “Estamos convencidos que ele assumiu o risco de matá-la. Como ele é muito forte, tetracampeão mundial de jiu-jítsu, e desferiu socos violentos na cabeça, no nosso entendimento levou ela a um risco de morte. Mas os jurados entenderam que não, porque ele teve a oportunidade de matar e não matou, por isso é uma lesão corporal”, finalizou.
Relembre o caso
No dia 20 de fevereiro de 2015, Leonardo de Oliveira invadiu a loja de equipamentos do mergulhador Daniel Lincoln Baptistella, 36 anos, e agrediu o empresário e a ex-mulher, Natalie Rodrigues Costa, 30 anos.
Câmeras de segurança flagraram as agressões. Pelas imagens é possível ver momentos em que o lutador sufoca Natalie e a segura contra a parede. Quando as agressões pareciam ter acabado, o lutador aparece de repente e acerta um chute em Baptistella, que cai novamente. Apesar das agressões, Baptistella e Natalie sofreram apenas hematomas.
Na ocasião, a delegada Dálice Ceron, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), chegou a afirmar que não havia indício de tentativa de homicídio. Depois da denúncia da promotoria criminal, Leonardo virou réu por duplo homicídio tentado com o agravante de duas qualificadoras, motivo torpe e sem direito de defesa das vítimas.
Até o final da edição, a reportagem tentou inúmeras vezes contato com o advogado de defesa, Mario Guioto Filho, mas ele não atendeu as ligações.
Marcelo Schaffauser – diarioweb.com.br
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