dom, 04 de maio de 2025

Irã nega envolvimento em ataques na Arábia Saudita em mensagem aos Estados Unidos

Petroleira atingida em ataque no sábado retomou parte da produção. Sua capacidade de produção voltará ao normal até o fim de setembro.

O Irã negou ter envolvimento nos ataques contra instalações da petroleira Aramco, na Arábia Saudita, em uma nota oficial enviada aos Estados Unidos, informa nesta quarta-feira (18) a agência oficial Irna.

Na mensagem transmitida na segunda-feira à embaixada da Suíça em Teerã, que representa os interesses americanos no Irã, o governo iraniano “insiste que não desempenhou nenhum papel no ataque, nega e condena as acusações” contra o país apresentadas pelos Estados Unidos.

Os ataques interromperam do sábado (14) a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia – equivalente a mais da metade dos 9,6 milhões produzidos diariamente segundo a agência Associated Press e 5% da produção mundial.

As ações provocaram incêndios na unidade saudita de Abqaiq, a maior do mundo dedicada ao processamento de petróleo, e na instalação de Khurais. Não houve relatos de feridos, mas a fumaça foi vista do espaço.

Na terça-feira (17), o ministro da energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, anunciou que petroleira retomou parte da produção. A capacidade de produção voltará ao normal até o fim de setembro.

Quem atacou a petroleira?

Após o incidente, rebeldes iemenitas houthis – que são apoiados pelo Irã no conflito que acontece no Iêmen – disseram ter enviado dez drones para atacar as instalações.

O grupo tem feito vários bombardeios fronteiriços com mísseis e drones contra bases aéreas sauditas e outras instalações sauditas, porque a Arábia Saudita desde 2015 lidera uma coalização internacional que apoia o governo do Iêmen contra os houthis.

Os Estados Unidos insinuam que o Irã esteja por trás do ataque e o presidente Donald Trump já afirmou estar disposto promover uma resposta militar ao ataque.

A Arábia Saudita afirmou que as armas usadas no ataque contra a petroleira foram fabricadas no Irã. Especialistas americanos e sauditas estão empenhados em tentar descobrir quem foi o responsável pelo bombardeio.

Nesta quarta, o governo saudita declarou que vai participar da coalizão internacional para proteger o transporte comercial no estreito de Ormuz, que é um local estratégico para a passagem de petróleo.

FONTE: Informações | G1

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