Homem soterrado em construção relata desespero: ‘Só pensei em Deus e me entreguei’

Encanador José Carlos Miranda, de 54 anos, trabalhava em uma vala, quando houve o deslizamento de terra, em Mirandópolis/SP; ele foi resgatado por policiais.

“Foi desesperador. Achei que fosse morrer. Só pensei em Deus e me entreguei”. O relato é do encanador José Carlos Miranda, que foi resgatado por policiais militares após ser soterrado em uma obra. O caso foi registrado na última terça-feira (2), em Mirandópolis, cidade do interior de São Paulo.

Ainda se recuperando em um quarto do Hospital Regional, José conta ao G1 que trabalhava na construção de um encanamento de esgoto, no interior da vala recém-aberta, quando houve o desabamento.

“O barranco deslizou. Muita terra caiu em cima do meu corpo. Não deu tempo de fazer nada. Era um dia de trabalho normal. Estava fazendo o que estou acostumado”, diz o encanador de 54 anos.

Depois de perceber que o trabalhador havia sido soterrado, colegas de serviço começaram a retirar a terra com as mãos e conseguiram liberar a cabeça dele.

“Demorou um pouco para meus companheiros tirarem a terra do meu rosto, mas ainda bem que conseguiram”, afirma.

Resgate

Como o restante do corpo de José permanecia coberto e sendo comprimido pela terra, a Polícia Militar foi acionada para ajudar a socorrê-lo.

Em entrevista ao G1, o 2º sargento Esquinca, da Polícia Militar de Mirandópolis, diz que o resgate foi feito de forma cuidadosa, por conta de o risco de outros deslizamentos ocorrerem.

“Demoramos cerca de 20 minutos para retirá-lo. O José estava em pé dentro da vala. Ou seja, ele foi soterrado por uma grande quantidade de terra”, conta o sargento, que atendeu a ocorrência ao lado dos cabos Marques, Porlato, Sampaio, Coqueiro, Tarsila e dos soldados Valentin e Zacarin.

Após ser resgatado, o encanador foi colocado em uma maca e levado ao Hospital Regional de Mirandópolis, onde permanece internado sob observação.

“Foi muito satisfatório e gratificante poder socorrê-lo. Sensação de dever cumprido”, conta Esquinca.

Agradecimento

José afirma não lembrar muito do que aconteceu no dia em que foi soterrado, mas agradece aos policiais e ao companheiro de serviço por salvarem sua vida.

“Só conseguia escutar algumas pessoas chorando. Ainda bem que Deus colocou os policiais e o funcionário no meu caminho. Era para eu estar enterrado, literalmente”, diz o morador de Mirandópolis.

Ainda não há uma data para a alta hospitalar do encanador ser prescrita pelos médicos. “Eu fui acordar somente nesta quinta. Estou aqui, fazendo avaliação, porque a terra apertou minha bacia e fez com ela abrisse”, afirma José.

“Quando eu sair do hospital, quero encontrar os policiais pessoalmente para agradecê-los”, complementa o encanador.

FONTE: Informações | g1.globo.com

Login

Bem vindo! Faça login na sua conta

Lembre de mimPerdeu sua senha?

Lost Password