Escola tem 42 casos de covid e fecha após volta às aulas

Ao menos três escolas privadas de Campinas registraram casos de covid-19 após a retomada dos trabalhos presenciais, no fim de janeiro. A situação mais grave foi registrada no colégio Jaime Kratz, com 37 funcionários e cinco alunos infectados pelo coronavírus (outros cinco apresentaram sintomas).

Em nota, o colégio Jaime Kratz confirmou os casos e disse que uma professora está internada, em quadro estável. Após a confirmação, as aulas presenciais foram suspensas na segunda-feira, 1º, até 18 de fevereiro.

Com 1,3 mil alunos na educação básica, a escola estava com aulas presenciais desde 25 de janeiro, com rodízio de 35% dos estudantes por dia. “A direção da escola reforça que adotou todas as medidas de segurança como distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel, além da desinfecção diária da unidade escolar”, justificou-se no comunicado.

Nas redes sociais, a instituição tem compartilhado postagens de pais e alunos em apoio à instituição. De acordo com a Vigilância Sanitária de Campinas, o surto entre os professores teve origem na semana anterior à volta às aulas, “em reuniões de treinamento e planejamento onde ocorreram as quebras das medidas de barreira”.

Já o colégio Farroupilha, de educação infantil e fundamental, registrou a contaminação de uma professora e uma aluna, filha da docente, após o retorno ao ensino presencial, em 26 de janeiro, em formato de rodízio. Como prevenção, decidiu suspender as aulas presenciais na terça-feira, 2, até o dia 14.

“Todos os protocolos de segurança e higiene foram e continuam sendo adotados, rigorosamente”, afirmou, em nota. Segundo a Vigilância Sanitária da cidade, o caso não se trata de um surto e a escola está sendo monitorada.

Após o registro dos casos, o promotor Rodrigo Augusto de Oliveira, do Ministério Público de São Paulo, pediu esclarecimentos às duas escolas por meio de um procedimento administrativo na terça-feira, 2. Dentre as informações solicitadas, que devem ser respondidas em 10 dias, estão os protocolos de segurança sanitária adotados para prevenção à disseminação do coronavírus. À Vigilância Sanitária, foi solicitada vistoria em ambas, com envio do respectivo relatório

Além delas, o Colégio Múltiplo, de educação básica, registrou um caso, cuja investigação da vigilância municipal constatou “transmissão domiciliar”. “Por enquanto, não há outras pessoas suspeitas na escola”, informou a gestão municipal. A reportagem procurou a escola e, até o momento, não obteve retorno.

“Todos os casos reportados (nas escolas da cidade) são investigados e as unidades com casos suspeitos ou confirmados são monitoradas por 14 dias”, acrescentou a Prefeitura de Campinas.

Em 22 de janeiro, a Prefeitura decidiu adiar de 8 de fevereiro para 1º de março o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino, caso esteja na fase amarela do Plano São Paulo. Campinas é a segunda cidade com mais casos (52.140) e a terceira em óbitos (1.658) no Estado de São Paulo.

O Estadão procurou a Secretaria Estadual da Educação na manhã desta quarta-feira, 3, a respeito de um possível caso em uma escola estadual de Campinas, mas não recebeu confirmação oficial até as 16 horas.

 

Estadão

Login

Bem vindo! Faça login na sua conta

Lembre de mimPerdeu sua senha?

Lost Password