Entenda as diferenças entre densidade nutritiva e densidade energética dos alimentos

Existe uma relação entre a qualidade da alimentação e a quantidade de alimentos ingeridos.

A alimentação vem sendo uma das maiores preocupações, e maiores fatores, associados ao desenvolvimento de doenças crônicas e aumento da prevalência de obesidade e overfat, entre a população.

O termo overfat é atualmente utilizado para designar o excesso de gordura corporal em pessoas, que podem ou não apresentar classificação de obesidade pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Um valor de 62 a 76% da população encontra-se nessa classificação. E as escolhas alimentares exercem total influência nesse quadro epidemiológico, especialmente no momento atual de pandemia que induziu ao isolamento social e mudanças expressivas na alimentação.

Existe uma relação entre a qualidade da alimentação e a quantidade de alimentos ingeridos. A densidade nutritiva é um terno usado para designar a composição de determinado alimento, mostrando a carga de vitaminas, minerais, fitoquímicos que ele fornece, e os benefícios que aqueles nutrientes promoverão ao organismo. Está associado aos componentes nutricionais o alimento irá contemplar ao ser consumido.

Já a densidade energética relaciona a concentração de calorias que um alimento fornece, não relacionando à fonte daquelas calorias com a qualidade nutricional, ou seja, o quanto de energia certo alimento irá fornecer, e que não necessariamente de alta qualidade de nutrientes. Um alimento pode ter a mesma concentração calórica de outro, entretanto, pode não fornecer nutrientes necessários para ao equilíbrio do corpo, e vice-versa.

Por exemplo, pensando nas refeições do dia, o café da manhã deve ser balanceado em termos de macronutrientes (lipídeos, carboidratos e proteínas). A escolha de pão integral rico em fibras e 100% integral está relacionada à carga de fibras e vitaminas do complexo B que os cereais em sua forma integral fornecem, auxiliando no funcionamento intestinal e contribuindo para o controle glicêmico da refeição, onde o carboidrato é absorvido mais lentamente por conta da própria fibra.

Pode ser combinado com o ovo, sendo a principal fonte de proteínas na refeição, visto que é um alimento rico em vitaminas como colina, e compostos antioxidantes como a luteína e a zeaxantina. Além disso, fornece proteínas e aminoácidos de alto valor biológico, e não altera o colesterol plasmático, quando consumido em quantidades adequadas.

Contudo, podemos adaptar e melhorar a densidade nutritiva de alguns alimentos, associando-os a outros. É o caso do pão francês, que é rico em carboidratos simples e gordura vegetal que promovem desequilíbrio do organismo, principalmente na glicose sanguínea, devido à rápida absorção do carboidrato, mas que pode ser combinado com o ovo mexido, retardando essa absorção.

Na alimentação, não existe alimento vilão ou milagroso, mas um conjunto de hábitos e combinações que promovem o estilo de vida equilibrado.

FONTE: Informações | g1.globo.com / Roberta Lara é nutricionista e colaboradora da página sobre nutrição “5 minutos de nutrição”

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