Nessa quarta-feira teve início mais um conclave no Vaticano. No processo, os 133 cardeais votam nos candidatos que acham que melhor ocuparão o cargo de líder da Igreja Católica e, ao final de cada votação, a chaminé da Capela Sistina libera uma fumaça, preta ou branca. A preta sinaliza que não houve um consenso na votação, já a branca é o sinal que Habemus Papam, ou seja, “temos um Papa”. Mas como será que a fumaça do conclave é feita para ter essas cores?
A resposta, de uma forma simples é que eles usam um sistema eletrônico com cartuchos pirotécnicos. São eles que produzem as fumaças de cores diferentes e controlam a dispersão do ar. Mas é claro que existe uma resposta mais longa para a cor da fumaça do conclave.
A fumaça preta ou branca é gerada por um equipe usando naftalina ou lactose respectivamente. Essas duas substâncias reagem à combustão, de uma forma controlada, e conseguem gerar partículas visíveis para quem está na Praça São Pedro esperando pelo sinal da votação.
Fumaça do conclave
Quando a naftalina queima, ela libera partículas escuras que absorvem a luz, logo, a fumaça fica preta. No caso da lactose, quando ela é aquecida ela sofre uma decomposição térmica, o que resulta em partículas sólidas finas que refletem a luz de forma difusa, por isso que a fumaça fica branca.
Esse é uma forma moderna de colocar cor na fumaça do conclave e, de acordo com a Reuters, foi criado por Massimiliano De Sanctis, especialista em fogos de artifício, e implementado em 2005. O método tradicional de colorir a fumaça se baseava na queima de cédulas de papel e palha úmida. No entanto, nesses casos, nem sempre a fumaça produzida era forte e intensa o suficiente.
De acordo com De Sanctis, o sistema atual usa dois fogões conectados em uma mesma chaminé. O mais antigo é onde as cédulas são queimadas, enquanto o outro, eletrônico e mais moderno, é onde vai o cartucho de fumaça com seis cápsulas interligadas. “Cada cartucho tem seis granadas conectadas em série, que liberam fumaça de forma contínua [por sete minutos]”, explicou o especialista.
Foi com esse sistema de colorir a fumaça do conclave que as eleições de Bento XVI, em 2005, e Francisco, em 2013, foram reveladas ao mundo.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Juruá informativo