Caipirinha e caipiroska estão 16% mais baratas do que um ano atrás

O custo para fazer uma caipirinha individual nos lares caiu graças às quedas nos preços do limão e do açúcar. Cachaça contrabalança e Vodka não afeta o preço.

Considerado o drink nacional e patrimônio cultural protegido internacionalmente desde 2003, a caipirinha é uma das principais opções de bebidas tanto para aquecer quanto para refrescar. A boa novidade é que o preço para o preparo da versão tradicional de limão – seja à base de caipirinha ou vodka – caiu mais de 16% no período de um ano, o que pode incentivar que a celebração do Dia Nacional da Cachaça, em 13 de setembro, aconteça dentro dos lares.

Segundo Thiago Berka, economista da APAS, nos últimos anos, a queda de consumo em bares e restaurante devido à instabilidade econômica migrou as confraternizações e o consumo de bebida alcoólica para dentro de casa, beneficiando as vendas no varejo alimentar. “Estimativas apontam que, enquanto bares terão crescimento de 1% no consumo de cerveja, por exemplo, os supermercados terão 4%. A oferta de todo tipo de opção nos supermercados, desde as marcas mais populares até as especiais e artesanais tornam ainda mais atrativa a degustação em casa”, exemplifica.

Ainda segundo o economista, mesmo dentro da crise econômica, no ano passado o gin foi uma das únicas bebidas alcoólicas que teve aumento no consumo, sendo 8,3% de crescimento em volume no mundo. No Brasil, a expectativa é de aumento de 27,5% até 2023, com a bebida cada vez mais procurada nos supermercados.

O consumo da caipirinha não foge desta migração para os lares. Dentre os ingredientes para o preparo – cachaça ou vodka, limão e açúcar – observa-se no limão a maior queda de preço em um ano: 30,41%. Já o açúcar, caiu 8,39% no acumulado desses 12 meses. Um dos motivos para a queda do limão é o aumento de algumas áreas plantadas que antes eram das usinas de cana-de-açúcar. “Mais de 80 dessas áreas fecharam nos últimos dez anos devido a políticas de gasolina subsidiada e ao baixo preço do açúcar no mercado internacional. Com isso, algumas terras foram reaproveitadas para a plantação de limão. A mesma explicação é para a produção de cana-de-açúcar, em que o volume que ia para a fabricação de etanol caiu e para açúcar subiu, baixando o preço”, conta Berka.

Porém, o economista da APAS alerta que a hora de aproveitar os bons preços dos ingredientes da caipirinha é agora. “Com a melhoria da política de combustíveis e descongelamento do preço da gasolina, o etanol voltou a ficar mais atrativo no preço pago aos produtores. A cana que vai para o açúcar caiu de 35,7% para 35,3%”, finaliza.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.500 associados, que somam aproximadamente 4.000 lojas.

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