Bolsonaro volta a criticar vacinas e promete novidade sobre tratamento precoce

“Centenas de milhares de pessoas poderiam estar vivas se tivessem feito tratamento precoce”, afirmou, apesar de estudos já terem comprovado a ineficácia dos medicamentos defendidos pelo presidente contra a Covid-19.

Mesmo reclamando das críticas que recebe devido a sua postura negacionista com relação a vacinas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve o discurso crítico aos imunizantes e voltou a defender o tratamento precoce, prometendo inclusive uma “notícia bomba” a favor dos medicamentos aos quais eles fez propaganda durante toda a pandemia. “Está sendo ultimado um estudo aqui com a gente”, disse.

“Centenas de milhares de pessoas poderiam estar vivas se tivessem feito tratamento precoce”, afirmou, apesar de estudos já terem comprovado a ineficácia dos medicamentos defendidos pelo presidente contra a Covid-19.

Além de defender o tratamento precoce, Bolsonaro voltou a falar contra a adoção de “passaportes da vacinação”, que em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo têm mantido pessoas que se recusam a tomar a vacina contra Covid-19 longe de determinados eventos e espaços públicos.

“As pessoas que contraem o vírus têm uma vacina natural”, insistiu o presidente, alegando que, mesmo não tendo tomado o imunizante, tem alta proteção contra o vírus.

“Por que vou tomar a vacina para conseguir uma quantidade de anticorpos menor? Por que essa obsessão?”, declarou, em entrevista à Rádio Novas de Paz. Segundo autoridades de Saúde, porém, mesmo quem já teve covid deve ser imunizado contra a doença.

Bolsonaro reforçou o discurso ao contar que, em ida aos Estados Unidos para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, foram contaminados com o vírus, mesmo já tendo sido vacinados. “Quando começa a discutir vacina, virou crime. Vem logo te acusando de negacionista, terraplanista”, acusa.

O presidente também declarou que, durante sua reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no Estados Unidos, ele chegou a apostar com o britânico uma caixa de uísque que teria mais anticorpos contra a doença do que o premiê, que tomou as duas doses da vacina da AstraZeneca.

A aposta teria surgido porque entre os temas abordados na reunião com o britânico estava uma facilitação da importação de uísque para o Brasil. O presidente adiantou que apesar do pedido do primeiro-ministro, o tema não está entre as prioridades dele. “Com todo respeito a Boris Johnson, não é prioridade facilitar importação de uísque”.

Bolsonaro também voltou a criticar a vacina da Coronavac, que virou o símbolo do embate político contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O presidente voltou a alegar que a Coronavac estava sendo vendida por US$ 10 ao Ministério da Saúde. No entanto, a Sinovac, que faz parceria na produção do imunizante com o Butantan, ofereceu por US$ 5. “O preço caiu ou era superfaturado pelo Butantan?”, questionou. Segundo o chefe do Executivo, a temática já está sendo investigada pelo governo.

“A vacina é importante? Para muita gente é. Mas respeito quem não quer tomar. Várias vacinas não tem comprovação científica”, disse.

Para o presidente, é preciso que o País saiba viver com o vírus, pois ele “veio para ficar”. “O Brasil tem que voltar à normalidade para todos nós sonhamos com dias melhores”, disse. Bolsonaro reconheceu a difícil situação econômica do País, mas disse que é preciso que as críticas tenham fundamento. “Deus me colocou aqui, só ele me tira daqui”, declarou, repetindo frase diversas vezes usada.
Diário da Região

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