75% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das casas, diz Saúde
Um recente estudo conduzido pelo Ministério da Saúde apontou que uma parcela significativa da proliferação do mosquito da dengue ocorre nos lares dos brasileiros. Isso significa que três em cada quatro focos do mosquito transmissor da doença são encontrados dentro das próprias casas.
Os sintomas da dengue, que incluem fraqueza, tontura, dor de cabeça e náuseas, afetaram o químico André Rodrigues Freire há seis dias. “Eu achei que estava com Covid, só que na hora que veio o diagnóstico, dengue, eu falei: ué! Não é um negócio que você espera”, admitiu à TV Globo.
Equipes da Prefeitura de São Paulo intensificaram as inspeções domiciliares nesta segunda-feira (5), percorrendo meticulosamente casa por casa em busca de criadouros do mosquito.
Em uma das residências, encontraram larvas na caixa d’água destampada e em uma lata contendo resíduos de construção, ambas acumulando água parada. Essas larvas foram coletadas para análise, impedindo assim a eclosão de mosquitos e interrompendo o ciclo de reprodução do Aedes aegypti.
Com o aumento das temperaturas, impulsionado pelo fenômeno El Niño, e o aumento das chuvas, os casos de dengue dispararam em todo o Brasil, totalizando 345 mil casos no país, com 56 mil apenas no estado de São Paulo.
Além das medidas de controle, como o uso de fumacê em áreas afetadas, as visitas domiciliares têm sido fundamentais. Essas visitas não apenas identificam possíveis criadouros do mosquito, mas também educam os moradores sobre a importância da colaboração da população no combate à dengue.
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos focos do mosquito é encontrada dentro das residências, destacando a necessidade de ações preventivas por parte dos moradores.
Para Eduardo de Masi, analista em saúde e biólogo, é essencial que os indivíduos realizem verificações semanais em suas casas, identificando e eliminando qualquer local propício para a proliferação do mosquito. Medidas simples, como virar recipientes, cobri-los ou remover água estagnada, são cruciais na prevenção da dengue.
Maria Machado, uma ajudante geral, exemplifica a importância dessas práticas ao manter suas plantas sem pratinhos para evitar o acúmulo de água e, consequentemente, o risco de proliferação do mosquito da dengue. “A gente tem que se prevenir, né? Não deixar os pratinhos embaixo para não ficar acumulando água, para a gente ficar sempre saudável”, ensinou.